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[Crítica] Marina Sena se renova mas mantem um pop original em Vício Inerente
Após estourar nacionalmente com seu primeiro álbum, “De Primeira”, Marina Sena viu sua vida mudar drasticamente. Com o sucesso, a cantora saiu de Taioberas, cidade do interior de Minas Gerais onde nasceu e cresceu, para morar em São Paulo e entrar em contato com todo um novo universo de referências e experiências.
É nesse contexto de transformações que nasce “Vício Inerente”, segundo álbum da artista e o primeiro sob uma grande gravadora, a Sony Music. Dentre os muitos riscos que um segundo lançamento corre vindo após uma grande estreia, Marina conseguiu se desvencilhar bem de todos.
Do interior para a cidade grande
O novo álbum traz 12 novas faixas que deixam para trás toda a atmosfera do “De Primeira”. O som acústico, com uma produção mais crua e orgânica dá lugar a uma nova sonoridade que conta com muitos elementos eletrônicos, uso estratégico do auto-tune e toda uma atmosfera urbana que bebe de gêneros mais ligados a noite como o funk e o r&b.
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“Vício Inerente” mantém a essência brasileira do pop de Marina Sena e continua sendo uma gostosa mistura de gêneros populares com um toque de indie e mpb. Combinação que dá forma potências hits prontos para virilizarem e caírem no gosto do público tal qual “Por Supesto”, mas sem repetições.
Destaques
O primeiro single, “Tudo Para Amar Você” serve como uma boa transição entre a sonoridade do primeiro álbum e as nova referências da atual fase da cantora. As referências eletrônicas chegam de leve enquanto os versos simples e magnéticos da letra, embalados por um afrobeat, vão te conquistando desde a primeira audição.
O disco abre com “Dano Sarrada”, que já mostra a cantora se aventurando pelo hip-hop e o r&b ainda deixando explícita a sua essência mineira com altas doses de sensualidade. “Olho No Gato” traz o uso ousado do auto-tune como grande destaque e mostra Marina Sena brincando com a voz sem pudor.
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“Tudo Seu” traz z batida do funk para a pista. A experiência com o gênero vai crescendo em outras faixas como “Que Tal”, que traz de volta o afrobeat, e “Mais de Mil”, onde ele aparece na melhor forma, lembrando o que Gloria Groove fez em “Vermelho”. A faixa contagia de cara com um início crescente que vai ganhando força até o refrão.
Outro ponto forte do álbum é a influência do reggaeton, que conecta a Marina Sena com cenário latino-americano. Ele aparece em destaque em “Me Ganhar” e “Sonho Bom”. Mas os grandes momentos da obra estão em “Mande Um Sinal” e “Meu Paraíso sou Eu”, onde a performance vocal preenche todos os espaços.
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“Vício Inerente” traz uma nova Marina Sena se arriscando e experimentando um pouco de tudo o que teve contato na capital paulista. Aqui, a cantora não só espanta o fantasma do segundo disco como deixa bem claro que ela veio para ficar e que não está disposta e se estabelecer em uma zona de conforto, se mantendo como um dos nomes mais originais e criativos do pop nacional.

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Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.