MP solicita investigação de Bruno Félix por transfobia

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MP Solicita Investigação de Bruno Félix por Transfobia. (Foto: reprodução/internet)

MP solicita investigação de Bruno Félix por transfobia

Nesta quarta-feira (14), o Ministério Público de São Paulo solicitou que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) iniciasse um inquérito policial.

Ou seja o objetivo é investigar alegações de que o cantor Bruno Félix, parceiro musical de Marrone, possa ter sido transfóbico em relação à repórter trans Lisa Gomes, da RedeTV! O advogado da jornalista, Marcus Vinicius Ramos Gonçalves, confirmou essa informação a Quem nesta tarde.

Porém, Gonçalves também enviou um comunicado à imprensa sobre a situação.

Segundo o comunicado, a BRG ADVOGADOS, que representa Lisa Gomes, tem acompanhado de perto todas as ações relacionadas à repercussão do caso junto ao Ministério Público Paulista. O foco principal é a investigação do suposto crime de transfobia.

Contudo a jornalista Lisa Gomes está disposta a colaborar com as autoridades na investigação justa e correta dos fatos e suas consequências para aqueles que violam a lei.

Visto que haverá esforços para garantir que a lei seja aplicada e que comportamentos como o do cantor Bruno, cheios de preconceito, sejam severamente reprimidos pelo Estado.

Em resumo do acontecimento no dia 12 de maio, durante uma entrevista com o cantor no Vila Country, em São Paulo, Lisa Gomes, uma mulher trans, foi questionada de maneira que a constrangeu visivelmente. Bruno perguntou se ela “tinha pa*” (referindo-se ao órgão sexual masculino).

Logo após a forte repercussão do caso na mídia, Bruno pediu desculpas. “Quero pedir desculpas à Lisa Gomes pelo que perguntei. Fui absolutamente infantil e irresponsável. Infelizmente, não posso voltar no tempo… Peço perdão, Lisa Gomes”, declarou.

Investigação sobre alegações de transfobia contra Bruno Félix Solicitada pelo Ministério Público.

A Associação dos LGBTIQA+, liderada pelo deputado estadual suplente de São Paulo, Agripino Magalhães, apresentou uma acusação ao MP-SP, alegando que Bruno foi transfóbico. A associação pediu a prisão do cantor ou a suspensão de suas atividades profissionais.

Contudo, Bruno contratou os serviços do advogado criminalista Fernando José da Costa, ex-secretário da Justiça de São Paulo, para defendê-lo no caso, segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

De acordo com a Lei nº 7.716/89, que trata do crime de racismo, os crimes resultantes deste tipo de discriminação ou preconceito podem resultar em uma pena de prisão de 1 a 5 anos e, em alguns casos, multa.