Milei assina decreto que trará demissão em massa na Argentina

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Javier Milei. (Foto: Reprodução/Internet)

Durante a madrugada desta terça-feira (26), o novo presidente da Argentina, Javier Milei, publicou um decreto que proíbe a renovação do contrato de servidores públicos que foram contratados há menos de um ano. Na prática, a medida pode trazer a demissão de milhares de profissionais.

A política é outra entre uma série de medidas que foram prometidas durante a campanha. O objetivo seria enxugar a máquina pública e promover uma intervenção menor do Estado argentino na economia.

Entenda a política

O número de servidores públicos cujo contrato vence em dezembro chega a 7 mil, de acordo com dados divulgados pelos jornais argentinos Clarín e La Nation. O governo, porém, não divulgou os dados oficiais. Todos eles estariam dentro da métrica que prevê as demissões.

Além dos profissionais que ocupam seus cargos há menos de um ano, outros 45 mil funcionários públicos estão em observação e também podem perder seus empregos. O prazo para uma tomada de decisão sobre o futuro desses trabalhadores é de 90 dias.

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Milei assina decreto que o permite dar cargo à irmã

Em uma de suas primeiras ações, o recém eleito presidente da Argentina, Javier Milei, assinou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU). Entre outras medidas, o decreto elimina a proibição de nomear parentes próximos a cargos públicos. A movimentação feita por Milei abre o caminho para que sua irmã, Karina Milei, seja nomeada ao cargo de secretária-geral da Presidência da Nação.

O decreto era uma das promessas do novo presidente da Argentina durante a campanha. A escolha de Karina para ocupar a secretaria se junta à posse de outros nove ministros e do chefe da Casa Civil.

Além de alterar a proibição de nomear parentes a cargos públicos, o decreto de Milei também reduz consideravelmente a quantidade de ministérios. Nesse primeiro momento, o número de pastas caiu pela metade. Ministérios como Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho não existem mais.

O fim de ministérios foi outra promessa do presidente eleito que levantou polêmica entre os argentinos. Se denominando como ‘‘anarcocapitalista’’, Milei chamou atenção por suas ideias que dividem várias opiniões.

Entre elas, o argentino defende um governo ultra liberal, que envolve também o fechamento do Banco Central. O novo presidente também ganhou notoriedade ao declarar que é a favor da legalização da venda de órgãos e do fim da educação obrigatória.