Milei assina decreto que o permite dar cargo à irmã

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Javier Milei assina decreto após tomar posse. (Reprodução/Instagram)

Em uma de suas primeiras ações, o recém eleito presidente da Argentina, Javier Milei, assinou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU). Entre outras medidas, o decreto elimina a proibição de nomear parentes próximos a cargos públicos. A movimentação feita por Milei abre o caminho para que sua irmã, Karina Milei, seja nomeada ao cargo de secretária-geral da Presidência da Nação.

O decreto era uma das promessas do novo presidente da Argentina durante a campanha. A escolha de Karina para ocupar a secretaria se junta à posse de outros nove ministros e do chefe da Casa Civil.

Karina estava cotada para ser a primeira-dama da Argentina, já que Milei não é casado. Recentemente, porém, o político assumiu um relacionamento com a comediante Fátima Florez, de 42 anos.

Entenda o decreto

O decreto do Milei apenas edita o que havia sido determinado anteriormente, sem alterar a norma completamente. A regra permanece, mas com a edição, o presidente agora pode ‘‘burlar’’ o que havia sido determinado.

A proibição foi um ato do ex-presidente Macri, em 2018. A decisão veio acompanhada por muita polêmica, já que muitos profissionais que se afetaram pelo decreto tiveram que deixar seus trabalhos. Apesar da discordância, Macri foi um dos principais apoiadores de Milei durante as eleições deste ano.

O que mais muda na Argentina?

Além de alterar a proibição de nomear parentes a cargos públicos, o decreto de Milei também reduz consideravelmente a quantidade de ministérios. Nesse primeiro momento, o número de pastas caiu pela metade. Ministérios como Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho não existem mais.

O fim de ministérios foi outra promessa do presidente eleito que levantou polêmica entre os argentinos. Se denominando como ‘‘anarcocapitalista’’, Milei chamou atenção por suas ideias que dividem várias opiniões. Entre elas, o argentino defende um governo ultra liberal, que envolve também o fechamento do Banco Central. O novo presidente também ganhou notoriedade ao declarar que é a favor da legalização da venda de órgãos e do fim da educação obrigatória.

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