Fernando Haddad desdenha da Shein: “como se eu conhecesse”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, causou polêmica ao citar a Shein, uma varejista chinesa de roupas, ao falar sobre a taxação envolvendo empresas asiáticas. Enquanto consumidores se manifestavam contra a retirada da taxação mínima, o ministro de Luiz Inácio Lula da Silva, desdenhou da loja que faz sucesso entre os brasileiros.
Haddad está na China e de lá deu a entrevista para Globonews, falando sobre a taxação na importação de produtos, para tentar frear a concorrência desleal, apontada por empresários brasileiros. Porém, a Shein, uma das maiores lojas chinesas que atua no Brasil no ramo têxtil, é desconhecida pelo ministro.
“Vocês falam da Shein como se eu conhecesse. Eu não conheço a Shein. A única que eu conheço é a Amazon, onde compro livros todo dia”, disparou o ministro Fernando Haddad, ao ver o eleitorado inconformado com a taxação, que atinge diretamente os consumidores da loja asiática.
Sunsets don't get much better than this one over @GrandTetonNPS. #nature #sunset pic.twitter.com/YuKy2rcjyU
— US Department of the Interior (@Interior) May 5, 2014
Internautas se revoltam com fala do ministro
Ao verem o projeto para a taxação, com o objetivo de arrecadação de verba ao Governo Federal e o desdenho do ministro contra a loja. Os internautas usaram às redes sociais para se manifestarem sobre o descontentamento com a proposta governamental. “Desfazendo o L”, ficou em alta logo após a notícia ser divulgada.
Internautas ainda criticado a fala de Fernando Haddad, que desconhece uma das maiores empresas chinesas que atua no Brasil, vendendo roupas e acessórios. “Totalmente elitista! Sem noção da realidade do povo brasileiro”, criticou uma internauta, pedindo mais atenção para a realidade dos brasileiros.
Entenda a polêmica da taxação
Grandes empresários pediram ao governo para adotar medidas para a concorrência desleal que estava acontecendo, com isenção da taxação mínima de 50 dólares (250 reais). Com isso, segundo os empresários, as empresas chinesas conseguiam burlar a arrecadação de impostos no Brasil.
A proposta apoiada por grandes empresários, como Luiza Trajano, dona da Magalu, prevê o fim da isenção mínima e qualquer encomenda poderia ser taxada, independente do valor. Shein não seria a única empresa afetada, toda e qualquer exportação poderia receber taxação, para a arrecadação de verba ao governo e fim da concorrência desleal apontada por empresários brasileiros.
Luiza Bianchi, jornalista formada pela FMU, atuando no mercado digital há seis anos, com experiência em redação sobre celebridades e entretenimento.