O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) demitiu, nesta quarta-feira (27), três investigadores e um delegado da Polícia Civil de São Paulo. Os policiais foram presos por um suposto envolvimento com o PCC e aliança com a organização criminosa, compartilhando informações confidenciais, suavizando investigações e mantendo livres alguns integrantes importantes da facção.
Entenda a operação que prendeu os policiais aliados do PCC
Em 2013, o delegado Fernando Toshiyuki Fujino e os investigadores Carlos Moroni Filho, Marcos Roberto Munhoz e Willian Felipe Martins Soares foram presos em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPSP. A iniciativa tinha o objetivo de prender membros do PCC e resultou no encarceramento de 25 pessoas.
Por meio de uma escuta telefônica, foi comprovado o envolvimento desses policiais na proteção de membros da facção, além do recebimento de propina pelo auxílio. Os crimes pelos quais os policiais foram presos se enquadram em formação de quadrilha, falsidade ideológica, concussão, extorsão, tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico e divulgação de informações sigilosas.
A medida de Tarcísio ocorre após apelação criminal, feita em julho de 2023, apresentada pelos criminosos presos. Com o decreto, os policiais acabaram perdendo seus cargos. Uma das promessas de campanha do atual governador de São Paulo é a linha dura contra o crime organizado.
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Saiba a pena dos condenados
Em 2019, Moroni e Munhoz receberam uma sentença de seis anos de prisão em regime semiaberto, além da destituição de seus cargos, por divulgar informações confidenciais e cometer falsificação ideológica. Fujino e Soares foram condenados a dois anos em regime semiaberto, também perdendo seus cargos por práticas de concussão. No mês de setembro deste ano, foram detidos para iniciar o cumprimento de suas penas.