Reino Unido registra nascimento do primeiro bebê com DNA de 3 pessoas

Bebê com 3 de DNA genitores
(Foto divulgação Pexels / Lisa Fotios)

Reino Unido registra nascimento do primeiro bebê com DNA de 3 pessoas

Reino Unido registrou o primeiro bebê com DNA de 3 pessoas diferentes, o recém nascido é fruto de uma técnica de tratamento mitocondrial (TDM), aprovada em 2015. Segundo a Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia britânica (HFEA, da sigla em inglês), 32 pacientes já receberam autorização para o tratamento.

O TDM é destinado a mulheres que possuam um risco de passar uma doença mitocondrial, doença sem cura, para seus filhos. Assim o tratamento permite que elas tenham filhos biológicos sem passar o diagnostico aos bebés. Segundo a regulamentação britânica apenas indivíduos com a forma mais grave da doença podem se candidatar ao tratamento, e eles precisam ser aprovados pela analise da HFEA.

Como funciona

Para o procedimento, os médicos retiram as mitocôndrias do óvulo de uma doadora saudável e o usam para substituir a parte com as mutações genéticas da mãe. O Reino Unido aprovou duas formas de execução do método. A TPN, Transferência Pronuclear, e a TFM, Transferência do Fuso Materno.

Na TPN, os médicos fertilizam o óvulo da mãe e o gameta doado com o esperma do pai. Depois, os médicos trocam o material genético nuclear do embrião formado pelo óvulo da doadora, com o do embrião formado pelo ovulo da mãe.

Já no TFM, os médicos retiram as mitocôndrias danificadas da óvulo da mãe e substituem pelo da doadora. Então o material genético é fecundado com o esperma do pai para se criar um embrião saudável.

Bebê com duas mães?

Tanto no procedimento TPN quanto no TFM, o material genético colhido da doadora corresponde a menos de 1% do DNA do bebê, por quanto disso a doadora não tem direito nenhum ao feto, e nem pode ser considerada mãe do bebê. Além disso a legislação britânica determina o anonimato tanto da doadora, quanto do bebê.

Segundo autoridades legais do Reino Unido, menos de 5 crianças vieram ao mundo dessa forma, o número exato não foi divulgado para manter o anonimato das crianças. Porém no México foi gerada uma criança de forma semelhante em 2016, mas não se sabe do estado atual do bebê.