Príncipe Harry fala sobre uso de drogas psicodélicas para lidar com traumas

Príncipe Harry
Príncipe Harry fala sobre uso de drogas psicodélicas. (Foto: Getty Images)

Em bate-papo com o especialista em traumas Gabor Maté, o Príncipe Harry falou mais uma vez sobre o uso de drogas ao longo da sua vida. Ele afirmou que usar maconha e drogas psicodélicas o ajudou a “lidar com traumas e dores do passado”.

“Foi [como] uma limpeza do para-brisa, a remoção dos filtros da vida – essas camadas de filtros. Removeu tudo para mim e me trouxe uma sensação de relaxamento, alívio, conforto, uma leveza que consegui segurar por um período de tempo”, detalhou o monarca.

“Eu diria que é uma das partes fundamentais da minha vida que me mudou e me ajudou a lidar com os traumas e as dores do passado. Comecei a usar psicodélicos de forma recreativa e percebi como eram bons para mim.”, acrescentou Harry.

As memórias do príncipe britânico, foram compiladas em um livro que está fazendo muito sucesso. Intitulado como “Spare” ou “O que sobra”, em português. Harry relata uma vida sem amor familiar, como foi o processo de aceitação da morte da mãe, dentre outros detalhes que expõe a família real.

O livro que foi lançado em 10 de janeiro é divido em três partes. A publicação é dedicada à sua esposa Meghan Markle, aos filhos Archie e Lilibeth e também a sua falecida mãe, princesa Diana, morta em um acidente de carro no ano de 1997.

O considerado best seller é recheado de polêmicas e revelações que nunca foram ditas pela família real britânica. O livro contém 500 páginas, nas quais o príncipe expõe, com riqueza de detalhes, os seus longos 38 anos de vida, trazendo à tona conflitos da Monarquia.

Na abertura do livro, Harry já desabafa dizendo “quando eu e minha esposa saímos desse lugar”, demonstrando felicidade em não estar mais próximo da família real.

O livro conta a versão de Harry sobre a sua fase de rebeldia na adolescência, que foi mundialmente publicada e comentada. Ele desmentiu as notícias de uma suposta internação em clínica de reabilitação para usuários de droga, o que foi divulgado falsamente pela imprensa.

Todavia, ele admitiu que usou cigarros, álcool e outras drogas, como maconha e cocaína: “Eu era um jovem de 17 anos profundamente infeliz, disposto a tentar quase qualquer coisa capaz de alterar o status quo“, explicou. Para driblar os paparazzi, Harry se escondida no porta-malas do carro:

“Ficava ali no escuro, mãos cruzadas no peito. Parecia um caixão. Não me incomodava”.