Prefeito no Maranhão é acusado de realizar aborto em vítima sem consentimento

Erivelton Teixeira
Erivelton Teixeira virou réu após ser acusado de realizar um aborto sem consentimento da vítima (Foto: Reprodução)

Prefeito no Maranhão é acusado de realizar aborto em vítima sem consentimento

Um caso que chocou a população do nordeste pode finalmente ganhar justiça em breve. É que Erivelton Teixeira, prefeito de Carolina, no Maranhão, virou réu seis anos depois de realizar um aborto sem consentimento da vítima, com quem ele tinha um relacionamento. De acordo com o “Fantástico”, as investigações dão conta que o crime aconteceu dentro de um motel, sem condições de higiene para o procedimento. 

Quando o caso aconteceu, em 2017, Rafaela Maria Santos havia acabado de avisar ao médico que os dois seriam pais. Segundo o Ministério Público do Tocantins, local do crime, Erivelton sugeriu que a então amante fosse para um motel para que ele pudesse a examinar. No entanto, o ultrassom foi apenas uma desculpa para atraí-la para uma armadilha. 

9 meses para fazer o boletim de ocorrência

De acordo com o “Fantástico”, a vítima levou nove meses para registrar um boletim de ocorrência. No documento, ela alega que Erivelton Texeira a teria sedado com o pretexto de que faria um exame de sangue. Como a primeira dose do sedativo não funcionou, o prefeito teria inventado que o sangue tirado não foi suficiente. 

Na segunda vez foi horrível. Eu senti como se minha garganta fechasse ou alguém me apertasse. E eu olhei para ele e falei: ‘Eu não estou me sentindo bem’. Foi quando eu olhei para ele e já via tudo embaçado”, disse Rafaela em entrevista ao dominical global.

Não há divergências entre as testemunhas

Por não haver divergências entre as testemunhas, a polícia acredita que o crime realmente aconteceu. Outro suspeito de ter participado do crime é o vereador Lindomar da Silva Nascimento, que era o motorista de Erivelton Teixeira na época.

O efeito demorou a passar muito tempo. E, quando eu comecei a acordar, eu estava dentro do carro, na estrada, voltando pra minha cidade, no banco da frente. E eu escutei a voz de outra pessoa. Foi quando eu olhei para trás e vi que o Lindomar estava no banco de trás”, relembrou a vítima. 

Ao “Fantástico, a defesa de Erivelton Teixeira e de Lindomar Nascimento alegou que seus clientes não “foram notificados da ação penal e que tem total confiança em um veredito justo”.