Laudo psiquiátrico aponta risco de suicídio de Anderson Torres e defesa faz pedido

Ex-delegado Anderson Torres tem diagnóstico de suicídio e advogados pedem prisão domiciliar
Anderson Torres na Tribuna do Senado (Imagem: Reprodução)

Laudo psiquiátrico aponta risco de suicídio de Anderson Torres e defesa faz pedido

Os advogados do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, entraram com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de liminar, contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que manteve a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça. O site da Jovem Pan teve acesso ao documento apresentado nesta última quarta-feira (26).

No remédio constitucional (HC), a defesa pede revogação da prisão preventiva ou a concessão de prisão domiciliar e cita o estado de saúde mental do ex-secretário, preso desde 14 de janeiro por suposta omissão de responsabilidade nos atos de 8 de Janeiro. O habeas corpus menciona laudo psiquiátrico, do dia 10 de abril, que apontou risco de suicídio. “Desta vez em laudo confeccionado em 22/04/2023, registrou que: “dentro desse contexto, vem aumentando o risco de tentativa de auto-extermínio. Ainda com o intuito de conter essas crises e prevenção de suicídio, indico internação domiciliar”, diz o documento.

Anderson Torres já perdeu mais de 12 quilos no cárcere, não tem visto as duas filhas mais novas, e, ainda, sua mãe voltou a fazer quimioterapia contra um câncer. O fato de as filhas dele não estarem frequentando regularmente a escola faz com que o estado depressivo do ex-ministro, que já tem um histórico de tratamento de sua saúde mental, piore cada vez mais.

Por que Anderson Torres está preso?

Anderson Torres está detido desde 14 de janeiro, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro que ocorreram em Brasília e que também tem como suposto o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Agora, Anderson será questionado sobre as senhas inválidas que forneceu. A suspeita da polícia federal é que o ex-ministro tenha fornecido senhas falsas ou irá alegar que acabou dando informações erradas.

O ex-ministro forneceu senhas inválidas à Polícia Federal

Anderson Torres forneceu senhas inválidas à Polícia Federal para acessar os dados em nuvem de seu celular, que ele diz ter perdido nos Estados Unidos. O fato irritou investigadores, porque os advogados de Torres disseram que ele havia passado a colaborar com a apuração, tendo fornecido inclusive as senhas para acesso aos dados. Na avaliação dos investigadores, isso mostra que o ex-ministro está contribuindo para ficar preso por mais tempo. Mesmo com as senhas erradas, segundo a colunista do g1 Andréia Sadi, a PF conseguiu acessar parte do material. No entanto, informações importantes ainda seguem bloqueadas.