Morgan Freeman causa nova polêmica e ataca termos usados em debate racial

Morgan Freeman
Morgan Freeman crítica termos da pauta racial nos Estados Unidos. (Foto: reprodução).

Morgan Freeman causa nova polêmica e ataca termos usados em debate racial

Conhecido por opiniões controversas em relação ao debate racial nos Estados Unidos, Morgan Freeman voltou gerar polêmica relacionada ao tema durante entrevista ao “The Times”. O ator criticou o uso dos termos “afro-americano” e “Mês da História Negra”, afirmando que eles se dão por ser um conceito impreciso.

“Eu não concordo com esse título. Pessoas negras têm diferentes títulos desde a palavra com “N” [“nigger”, termo considerado pejorativo nos EUA] e eu não sei como essas coisas conseguem tal aderência, mas todo mundo usa ‘afro-americano’. O que isso realmente significa? A maior parte das pessoas negras nessa parte do mundo são mestiços. E vocês falam da África como se fosse um país, quando é um continente, como a Europa.”, disse.

Sobre o termo “Mês da História Negra”, Morgan Freeman disse que se opõe à ‘guetização’ implícita em dedicar fevereiro [nos EUA] a este tópico. “A história negra é a história americana; eles estão completamente entrelaçados.”, argumentou. Apesar das críticas, o ator faz questão de ressaltar o orgulho de sua negritude.

Na entrevista, o artista concordou uma frase dita pelo colega Danzel Washington: “Sou muito orgulhoso por ser negro, mas negro não é tudo o que eu sou”, diz a afirmação. “Sim, exato. Eu concordo totalmente. Você não pode me definir dessa forma”, concordou Morgan Freeman.

Polêmica com o Dia da Consciência Negra

Anteriormente, o ator gerou muitos debates ao ter criticado o dia da consciência negra em 2005, opinião que já afirmou ter mudado. Durante entrevista ao programa “60 minutes”, da TV estadunidense, ele declarou que considera “rídiculo” o fato de existir um mês para a Consciência Negra e argumentou que, para se combater o racismo, era melhor não falar sobre o assunto.

Opinião mudada

Posteriormente, Morgan Freeman revelou que não pensa mais desta forma e em 2020, ao aderir ao movimento Black Lives Matter, ele passou a compartilhar, em suas redes sociais, relatos de seguidores sobre experiências com o racismo. “Dedicarei minha plataforma para amplificar sua voz”, convocou o ator aos seguidores, à época.