Mônica Waldvogel se pronuncia após associar PT ao Hamas

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Mônica Waldvogel se pronuncia após associar PT ao Hamas. (Foto: reprodução/internet)

Na última edição do “Em Ponto”, a renomada jornalista Mônica Waldvogel veio a público para esclarecer um equívoco recentemente causado por suas declarações. Ela havia vinculado o PT (Partido dos Trabalhadores) ao Hamas, o que gerou grande controvérsia e crítica.

As declarações originais e o contexto

“Eu disse que era [um tema] sensível porque parte do PT tem ligação com o Hamas, mas mais preciso seria dizer que parte do PT apoia ou tem simpatia pelo Hamas, como já explicitou em algumas oportunidades”, disse Mônica.

Ela referenciou um manifesto de 2021 em que parlamentares do PT se opuseram à categorização do Hamas como uma entidade “terrorista” por parte do Reino Unido.

A retratação e os esclarecimentos

“E eu conversei com um assessor da presidente Gleisi Hoffmann, o qual informou que oficialmente jamais existiram ligações entre o PT e o Hamas”, esclareceu a jornalista.

As observações de Mônica foram elaboradas após uma série de críticas que surgiram em resposta às suas declarações originais. A necessidade de clarificar sua posição e garantir precisão na informação tornou-se premente.

Sobre o manifesto “Resistência Não é Terrorismo”

O manifesto de 2021 ao qual Mônica se referiu é intitulado “Resistência Não é Terrorismo”. Esse documento critica a decisão britânica de rotular o Hamas como uma entidade “terrorista”.

Argumenta-se que essa categorização é “fundamentalmente e radicalmente antissemita”. Os signatários do documento defendem firmemente a luta do povo palestino e sua resistência contra a opressão, enquanto condenam a postura britânica.

A reação de Bolsonaro e as alegações do ex-presidente

O ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma declaração, também sugeriu uma ligação entre o PT e o Hamas, afirmando:

“Lá, sim, não aconteceu uma tentativa de golpe de estado, mas um ataque terrorista patrocinado pelo Hamas, que são aliados do PT e do Lula aqui no Brasil”. No entanto, ele não forneceu evidências para apoiar sua reivindicação.

A postura oficial do PT

Gleisi Hoffmann, que preside o PT, expressou uma visão de “dois estados, duas nações”, apoiando a coexistência pacífica de um estado palestino economicamente viável com Israel.

A postura do partido também condena o conflito contínuo e a violência que resulta em baixas civis, incluindo crianças.

Conhecendo o Hamas

Para os não iniciados, o Hamas é uma organização política e militar palestina. Algumas nações, incluindo os EUA e a UE, o consideram um grupo “terrorista”. Eles têm uma presença significativa em Gaza e são frequentemente mencionados nas notícias internacionais.

Relações do Brasil com a palestina e o Hamas

O Brasil mantém relações diplomáticas com a Autoridade Nacional Palestina desde 2010. A relação do Brasil com o Hamas, no entanto, é menos clara.

O atual presidente palestino, Mahmoud Zeidan Abbas, é do Fatah, um partido que se opõe ao Hamas e abandonou a resistência armada em 2007.