Na madrugada do último sábado, 7 de outubro, centenas de soldados do Hamas se moviam em direção à fronteira, preparando-se para lançar foguetes em direção ao território de Israel.
Nesse momento, uma mensagem impactante ressoou nas estações de rádio na Faixa de Gaza.
A voz que se projetou nos alto-falantes era a de Mohammed Deif, o líder da ala militar do Hamas e o responsável pela operação que resultou na morte de pelo menos 900 israelenses e deixou outros 2.500 feridos, alcançando um nível de violência sem precedentes.
Saiba quem é Mohammed Deif
Mohammed Deif, conhecido como “Deif” recebeu esse codinome de guerra devido à prática de militantes palestinos de passar cada noite em uma casa de simpatizante diferente, como estratégia para confundir a inteligência de Tel-Aviv.
Deif transmitiu a seguinte mensagem pelo rádio: “À luz dos contínuos crimes contra nosso povo, à luz da orgia da ocupação e de sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental [a Israel], decidimos dar um fim a tudo isso.”
Posteriormente, “Para que o inimigo entenda que ele não pode mais se regozijar sem ser responsabilizado.”
Conheça mais sobre o líder da ala militar do Hamas
Mohammad Masri, seu nome de nascimento, veio ao mundo em 1965, no campo de refugiados de Khan Yunis, em Gaza.
Ele frequentou a Universidade Islâmica de Gaza, graduando-se em biologia antes de se unir ao Hamas em 1990.
Além disso, em 2002, ele ascendeu ao posto de comandante militar supremo das brigadas do grupo terrorista.
Contudo, em seu primeiro discurso como líder, prometeu transformar a vida de seus inimigos em um “inferno” Sete anos mais tarde, Deif foi incluído na lista de terroristas dos Estados Unidos.
Homem mais procurado por militares israelenses
Apesar de ser o indivíduo mais procurado pelas forças militares israelenses desde 1995, sua habilidade em enganar as Forças de Defesa de Israel (FDI) permitiu que sobrevivesse a sete tentativas de assassinato ao longo das últimas duas décadas.
Na primeira tentativa, especula-se que ele tenha perdido um olho, enquanto na segunda, uma parte de seu braço.
Há duas décadas, Deif escapou por pouco de um ataque aéreo que resultou na perda de um braço e de uma perna, deixando-o confinado a uma cadeira de rodas.
O legado de “Deif” abrange a produção de foguetes, o estabelecimento de uma rede de túneis subterrâneos e a estreita ligação com o Irã, o principal patrocinador do grupo Hamas e sua principal fonte de armas.
Em conclusão, ele também desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da estratégia de sequestros do grupo, uma das táticas empregadas no recente ataque contra Israel.
Além disso, ganhou notoriedade como um “fantasma” devido à sua aversão à internet e aos telefones celulares.
Formação em Jornalismo – Cursando Pós-Graduação em Redação Criativa e Redação para Mídias Digitais pela Universidade Nova de Lisboa – Portugal
