Mãe vicia na droga K9 ao tentar salvar a filha e perde 40kg

Mãe e filha acabaram viciadas em K9
Mãe e filha acabaram viciadas em K9 (Reprodução/TV Record)

Mãe vicia na droga K9 ao tentar salvar a filha e perde 40kg

Os efeitos da nova droga sintética que surgiu de maneira preocupante, a K9, ou supermaconha, ainda estão sendo estudados, mas a realidade já bate na porta de muitas pessoas. Um caso que vem chamando atenção é de uma técnica de enfermagem, Vanessa Sales, de 46 anos, que acabou viciada na substância ao tentar salvar a filha de 21 anos. 

Em reportagem da TV Record, Sales revelou que Giovana conheceu a droga por intermédio do namorado, a quem começou a namorar depois de um encontro no universo do funk, no qual pretendia se lançar como cantora. 

Depois de descobrir que a filha fumava a K9, Vanessa decidiu experimentar e mostrar para ela que era possível não se viciar, o que acabou acontecendo o contrário. A técnica de enfermagem afirmou que em três dias sua vida mudou completamente. “Essa droga te anestesia. Tirava a minha dor na coluna. Eu não entrei nisso à toa, eu vi a minha filha morrendo na droga”, explicou. 

Vício se tornou diário

A dupla, então, passou a consumir a substância sintética e chegava a andar 8km até um ponto de tráfico para comprar a droga várias vezes no mesmo dia. Segundo a reportagem, o marido de Vanessa só descobriu o vício quando voltou de viagem do Peru e viu as duas mulheres irreconhecíveis. Atualmente, as duas se tratam e a mãe convenceu a filha a entrar em uma clínica de reabilitação. 

Uso da droga explodiu em SP

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, desde o início do ano foram registrados 216 casos — contra 98 durante todo o ano de 2022. O aumento assustador dos casos acabou levando a secretaria a publicar uma nota técnica orientando assistência em casos desse tipo de intoxicação. 

Os sintomas são variados como náuseas, vômitos, hipertensão arterial, convulsões, arritmia cardíaca, acidentes vasculares, insuficiência renal, contrações involuntárias dos músculos, dores difusas e perda de consciência. 

Segundo a Folha de São Paulo, a droga sintética é feita em laboratório em formato de líquido e inodoro. No entanto, antes de chegar no usuário, ela é misturada em flores, folhas e ervas trituradas, o que ainda torna a apreensão deste tipo de entorpecente um desafio para a polícia.