Grávida ofende médico gay em hospital, e colega usa peruca para fazer atendimento

Médico coloca peruca para defender outro médico gay que sofreu homofobia
Médico coloca peruca para defender outro médico gay (Fotos: Reprodução) que sofreu homofobia

Grávida ofende médico gay em hospital, e colega usa peruca para fazer atendimento

Uma mulher grávida foi denunciada por um médico do Hospital da Mulher de Feira de Santana, na Bahia, que afirmou ter sido vítima de homofobia. De acordo com o ginecologista Phelipe Balbi, ele realizou o atendimento da paciente, solicitou exames e atualizou seu quadro clínico.

A questão é que ela não teria tido coragem de falar na frente do médico e teria dito que “não gosta de ser atendida por homossexual“. Ao ouvi-la, o profissional da saúde a confrontou e alertou sobre o crime de homofobia que a gestante estava cometendo e, mesmo assim, ela não quis pedir desculpas. “Imediatamente me reportei à direção do hospital e recebi todo suporte para prestar queixa contra a paciente na ouvidoria e na delegacia”, relatou Phelipe nas redes sociais.

Amigo colocou peruca para atender gestante

O que ajudou o momento a viralizar ainda mais foi quando um colega de Phelipe, o também ginecologista Carlos Lino, que presenciou a cena, decidiu colocar uma peruca e se maquiar para atender a gestante. Lino, que claramente não gravou a consulta, disse qual foi o resultado do apoio ao amigo.

Já houve a consulta, definimos conduta. Escutamos e ela escutou a gente. Ela está apta para pedir desculpas ao colega. Pode parecer coisa simples, mas quando uma pessoa tem um comportamento desse, imprime a outras pessoas que ela pode exercer assim. O pior de tudo é o limite do outro. Mas tem outros que matam temos que combater esses atos, com amor e com respeito“, comentou.

Homofobia é crime e dá prisão

Segundo o UOL, o Hospital da Mulher de Feira de Santana repudiou o caso e declarou, em nota, que prestou apoio e solidariedade ao médico, além de tê-lo encorajado a denunciar na delegacia, o que eles chamaram de “crime de ódio“. Vale lembrar que homofobia é considerado crime imprescritível inafiançável desde 2019. A lei prevê pena de um a três anos de prisão.

O boletim de ocorrência do caso foi registrado na 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana. Agora, a paciente suspeita será intimada para prestar esclarecimentos à Polícia Civil.