Deputado Amauri Ribeiro confessa crime em atos de 8 de janeiro e choca

Deputado Amauri Ribeiro diz que deveria estar preso e confessa ajuda em atos golpistas de 8 de janeiro
Deputado estadual Amauri Ribeiro (Foto: Ruber Couto)

Deputado Amauri Ribeiro confessa crime em atos de 8 de janeiro e choca

O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO), conhecido por estar sempre de chapéu e por posicionamentos de extrema direita, afirmou, durante fala na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que deveria estar preso, assim como Benito Franco, tenente-coronel e ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), por ajudar e financiar acampamentos antidemocráticos. A declaração foi feita em sessão ordinária nessa terça-feira (6).

Confissão orgulhosa de crime investigado pela CPMI de 8 de janeiro

A CPMI de 8 de janeiro investiga todas pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos, golpistas, criminosos e terroristas que aconteceram na data mencionada na Praça dos Três Poderes: Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional. Milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo destruíram o patrimônio cultural brasileiro por não aceitarem a derrota presidencial de Jair Bolsonaro (PL), para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Surpreendendo a todos, o deputado Amauri Ribeiro confessou ter participação nos atos criminosos: “A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta, porque sou patriota”, disse o parlamentar.

Financiamento dos atos golpistas

O coronel e ex-comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) Benito Franco acabou preso pela Polícia Federal (PF), em abril deste ano, na capital goiana, durante mais um desdobramento da Operação Lesa Pátria. Nas plataformas digitais, ele costumava se posicionar politicamente. Em um de suas publicações nas redes sociais, ele compara uma fala do ministro da Justiça, Flávio Dino, a um discurso de Adolf Hitler. No fim do ano passado, ele chegou a ser denunciado após gravar vídeos ameaçando que “o ladrão não sobe a rampa”.