Após ataques de 8 de janeiro, Presidente Lula “ganha” 200 policiais
A Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República (Sesp) formou nesta sexta-feira (26) mais 200 policiais para reforçar a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A formação foi comandada pelo delegado da Polícia Federal (PF), Alexsander Castro. Com o novo grupo, a segurança pessoal do presidente da república passa a contar com mais de 400 policiais.
Internamente a competência é disputada pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), comandado por militares. Atualmente, 200 policiais estão trabalhando na segurança do presidente, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e de familiares dos dois. Destes, 62 são mulheres. Entre os integrantes há agentes, escrivães e papiloscopistas recrutados na Polícia Federal, além de policiais militares, penais e bombeiros.
Motivação para redobrar a segurança
Após o 8 de janeiro, quando houve a invasão a prédios públicos na capital federal, Lula decidiu que sua proteção seria realizada por agentes federais, e não por militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob alegação de desconfiança das Forças Armadas. Além de ficar sem o controle da segurança presidencial, o GSI também sofreu um duro revés ao perder, em março deste ano, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que agora é de responsabilidade da Casa Civil, chefiada pelo ministro Rui Costa (PT).
Treinamento dos policiais
Durante três meses de curso, os agentes realizaram exercícios de segurança para procedimentos de embarque e desembarque, escoltas e demonstrações de tiro. O objetivo é ter policiais preparados para atuar em vários estados, durante viagens de Lula. Nesta semana a Sesp ganhou mais um reforço e abriu um escritório em São Paulo. “Já estamos 100% operacional”, disse uma fonte da secretaria à CNN. Na quinta-feira (25), por exemplo, Lula e Alckmin foram atendidos por seguranças da secretaria extraordinária durante participação de evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A secretaria extraordinária foi criada por decreto, em janeiro, com prazo para acabar em 30 de junho deste ano. Mas nos últimos meses, a equipe ganhou mais policiais responsáveis pela segurança imediata de Lula. No modelo adotado pela equipe, há a integração cada vez maior de civis e militares. Até mesmo integrantes do GSI já solicitaram transferência para a secretaria, em que ficam sob o comando da Polícia Federal e não de um militar, conforme apurou a analista da CNN Basília Rodrigues. Lula ainda não se reuniu oficialmente com integrantes dos dois órgãos para tratar do assunto e definir com quem ficará a segurança dele.
Formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Advogada, apaixonada pelo universo do entretenimento, astrologia, área informativa política e internacional. Se dedica a esse nicho como redatora e repórter, produzindo conteúdos desde 2021.