Após apreensão da PF, Jair Bolsonaro convoca reunião de emergência

Jair Bolsonaro convoca reunião de emergência com advogados e partido liberal
Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

Após apreensão da PF, Jair Bolsonaro convoca reunião de emergência

Após acordar com a Polícia Federal (PF) na porta de sua casa e ter o seu celular apreendido na Operação Venire, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou seus advogados Paulo Cunha Bueno e Frederick Wassef para irem imediatamente a Brasília. O ex-presidente está reunido com aliados próximos na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília.

O ex-ministro Fabio Wajngarten, que também é advogado de Jair Bolsonaro, afirmou nas redes sociais que a defesa do ex-presidente foi à sede da Polícia Federal, em Brasília, para buscar essas informações. “Já estamos na porta da PF aguardando autorização para entrada no prédio, bem como acesso aos autos do inquérito”, escreveu Wajngarten.

Objetivo da reunião de emergência

A reunião de emergência serve para decidir qual será a nova linha de defesa. Enquanto o encontro privado acontece na capital federal, os advogados de Jair Bolsonaro já entraram com pedido de acesso aos autos. Eles informam que Bolsonaro prestará depoimento assim que os documentos forem disponibilizados. Enquanto não houver uma nova atualização sobre o caso, a banca jurídica orienta que o direitista fique em absoluto silêncio.

Os auxiliares jurídicos do ex-presidente preparam uma tese de interferência política, ou seja, vão alegar que a PF fez a operação que prendeu o ex-ajudante de ordens Mauro Cid para prejudicar Bolsonaro. A Operação Venire, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3), apura a inserção de dados falsos de vacinação da covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. A suspeita é de que o secretário de Cultura e Turismo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos Brecha, tenha falsificado a vacinação contra o coronavírus de Bolsonaro, que diz não ter se imunizado, mas impôs sigilo sobre seu cartão vacinal.

Defesa de Jair Bolsonaro

De acordo com a tese dos advogados, a PF teria supostamente atuado após a participação considerada por eles exitosa do ex-presidente na Agrishow, e diante da derrota do governo federal em não conseguir votar o PL das Fake News na Câmara dos Deputados na última terça-feira (2). Segundo essa tese, essas notícias teriam gerado a reação no órgão que responde ao Ministério da Justiça. É o que pretendem alegar os advogados de Bolsonaro, apesar de as investigações em torno de adulterações no cartão de vacinação estarem em andamento há semanas.