Suzane von Richthofen se inscreve em concurso para câmara municipal em SP

Suzane von Richthofen solta após progressão de regime prisional (Imagem: Poder360)

Suzane von Richthofen se inscreve em concurso para câmara municipal em SP

Condenada por matar os pais em 2002 e cumprir parte da pena, Suzane Von Richthofen atualmente teve sua pena convertida ao regime aberto e, desde então, tem uma nova rotina de vida e estuda biomedicina em uma universidade particular. Agora, ela tenta a sorte em um concurso para a câmara municipal em Avaré, no interior de São Paulo.

Vale destacar que ela não está infringindo regras ao se candidatar em um processo seletivo. Segundo o G1, Richthofen se inscreveu para cadastro reserva de telefonista, o cargo mais concorrido do concurso da Câmara de Avaré – com 837 inscrições.

Justiça concedeu o direito de estudar

Em 2021, a Justiça concedeu a Suzane o direito de iniciar o curso em uma universidade de Taubaté. Contudo, após ser beneficiada com o cumprimento da pena em liberdade, ela trancou o curso na cidade e se mudou para Angatuba.

No início de 2023, a ex detenta transferiu o curso para a UNIFSP, em Itapetininga, a 52 quilômetros da cidade onde mora atualmente. Imagens feitas por estudantes da instituição na quarta-feira (15), mostram Suzane em uma fila para a cantina, acompanhada de outras duas alunas. Conforme apurado pelo g1, esta é a primeira vez que Suzane acompanha as aulas de forma presencial. Desde o começo de fevereiro, os advogados de defesa dela trabalhavam para conseguir a autorização da Justiça.

Relato de colega da faculdade

Uma colega de sala, que preferiu não se identificar, contou ao ao portal G1 que a notícia sobre a matrícula de Suzane foi comunicada há algumas semanas pela direção da faculdade: “Foram de sala em sala e comunicaram que a Suzane frequentaria as aulas. Pediram para que os alunos compreendessem e respeitassem o direito dela como cidadã. E foi assim! Na hora, fiquei surpresa e, apesar de saber que é um direito dela, me sinto meio desconfortável”.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) esclareceu que, após a concessão do regime aberto, a vigilância da detenta é de responsabilidade do Poder Judiciário. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo informou que o caso de Richthofen corre em segredo de Justiça, por isso não é possível fornecer informações. A defesa dela também não se posicionou sobre o caso.