Na última terça-feira (7), Suzane Von Richthofen ‘parou a internet’ após anunciar o seu novo empreendimento, a abertura de uma ateliê de costura. Em um vídeo postado no perfil da loja virtual, Suzane mostra as peças disponíveis para venda e dividiu opiniões.
O nome do novo empreendimento é “Su Entre Linhas”, o perfil no Instagram já possui mais de 4 mil seguidores e a ex-presidiária mostrou que todos produtos são feitos à mão. No vídeo, além das produtos à venda, é possível ver uma foto dela no fundo, ao som de “Alive (It Feels Like), do Dj Alok.
O público entendeu que a música escolhida por Suzane, poderia ser uma mensagem entre linhas. Veja a tradução da música: ““Tudo que eu quero é dançar com você agora. É dançar com você mais uma vez. Tudo que eu quero é sentir você tão perto. Só ficar com você até o fim. Podemos estar a oceanos de distância. Mas talvez você possa ouvir o som do meu coração”.
Essa é mais uma das polêmicas que giram em torno da vida de Suzane. Anterior ao empreendimento, grande parte das pessoas ficaram indignadas com a decisão judicial que permitiu que ela progredisse para o regime aberto, tendo direito a cumprir o restante da pena em liberdade.
Em um primeiro momento, a jovem não queria sair da cadeia por medo da retaliação pública, mas até o momento, parece ter mudado de opinião e estar recomeçando sua vida, em processo de ressocialização. No entanto, muitas pessoas condenaram o empreendimento.
No twitter, a maioria das pessoas apoiaram a atitude da ex-presidiária, com fundamento no processo de ressocialização, defendendo que ela tem direito a renovar sua vida e história, pois cumpriu o tempo de pena necessário pela legislação, portanto, tem direito de ter uma segunda chance.
Foi o que um internauta comentou: “significa que a ressocialização deu certo. lembrando que ela ficou presa por muito mais tempo que guilherme de padua e goleiro bruno mas esse país adora uma hipocrisia”. Já outras pessoas zombaram e condenaram as vendas:
“Vai ter promoção no dia dos pais?”, zombou um. ‘É assustador ver pessoas dizendo que “todo mundo tem o direito de blá blá blá” cara… Ela mandou matar os pais’’, criticou outra. ‘‘Agora ela vai ganhar um monte de seguidores kkk Jesus amadoo’’, ironizou.
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🚨 Pronta para recomeçar sua vida fora da prisão, Suzane Von Richthofen monta ateliê!
“Su Entre Linhas” já está aceitando encomendas. Pedirão? https://t.co/UuPu9AJ7wN pic.twitter.com/Z0m3y9jIuD
— PAN (@forumpandlr) February 7, 2023
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A condenação e o Regime Aberto
Suzane Von Richthofen foi condenada pelo Tribunal do Júri no ano de 2006, às penas de 39 anos e 6 meses de reclusão, por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, e fraude processual, por ter alterado a cena do crime.
Ela, juntamente dos “irmãos cravinhos”, Daniel e Cristian, planejaram toda a ação criminosa, porém até hoje, Suzane nega a autoria dos fatos. As vítimas do assassinato foram os próprios pais de Suzane, o engenheiro Manfred Albert von Richthofen e a psiquiatra Marísia von Richthofen.
Após cumprir 20 anos de reclusão, o advogado da jovem requereu ao juiz da execução, que Suzane progredisse para o regime aberto, dado ao fato de ter cumprido todos requisitos da lei para ter direito à benesse.
Para que tivesse o direito de cumprir o restante da pena em liberdade, a condenada teve que atender aos seguintes requisitos legais: bom comportamento; cumprimento de certa porcentagem da pena; teste criminológico para avaliar o seu perfil e a capacidade de ser inserida novamente na sociedade.
Após ser verificado que ela atendia aos critério para alcançar a liberdade, Suzane foi liberada da penitenciária feminina de Tremembé, interior de São Paulo, no dia 11 de janeiro de 2023.
O regime aberto dá direito ao condenado de cumprir a pena fora da penitenciária, mas isso não significa que ela está livre ou que foi extinta a sua punibilidade, na verdade, ela deverá cumprir a pena fora da prisão, podendo trabalhar durante o dia.
Já no período noturno, ela terá, obrigatoriamente, que se recolher em casa de albergado, isto é, uma hospedagem prisional coletiva, designada pela Justiça e que abriga presidiários que estão no mesmo regime prisional.
Como aqui no Brasil não existe Casa de Albergado, na prática, a condenada deverá ficar em casa com restrições, tais como:
- permanecer no endereço que for designado durante o repouso e nos dias de folga;
- cumprir os horários combinados para ir e voltar do trabalho;
- não pode se ausentar da cidade onde reside sem autorização judicial;
- quando determinado, deve comparecer em juízo, para informar e justificar suas atividades.
O processo poderá ser extinto pelo cumprimento em 25 de fevereiro de 2038.
Formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Advogada, apaixonada pelo universo do entretenimento, astrologia, área informativa política e internacional. Se dedica a esse nicho como redatora e repórter, produzindo conteúdos desde 2021.