Superfungo fecha hospital em Pernambuco e gera alerta nos EUA

Superfungo Candida Auris
O superfungo Candida auris virou preocupação e já até fechou hospital (Foto: Instagram)

Superfungo fecha hospital em Pernambuco e gera alerta nos EUA

Mais uma doença está amedrontando as pessoas no Brasil. Trata-se do superfungo Candida auris, que já contaminou a terceira pessoa em Pernambuco, neste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), um homem de 66 anos está internado em um hospital particular no Recife, mas não deu mais informações sobre o estado do paciente.

Segundo o G1, os outros dois contaminados são um homem de 48 anos, que ficou internado no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, e um senhor de 77 anos, internado no Hospital Tricentenário, em Olinda. Enquanto a primeira unidade foi inteiramente fechada para novos atendimentos, na segunda, apenas o setor onde o paciente está foi interditado.

Em entrevista à TV Globo, a diretora geral da Apevisa, Karla Baêta, afirmou que quem teve contato com os pacientes passaram por testes para evitar uma proliferação do superfungo. Só depois que tiver três amostras com resultados negativas para a Candida auris, realizadas num intervalo de 72 horas, as unidades serão liberadas.

O Candida auris recebeu a definição de superfungo por ser resistente a praticamente todos os medicamentos que existem.

Superfungo já causa alerta nos EUA

A infecção pelo superfungo Candida auris tem se espalhado rapidamente e de forma alarmante pelos EUA. De acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, os casos por lá quase dobraram em 2021: passaram de 756 para 1.471, apontava o relatório.

Pessoas saudáveis não correm risco de ter complicações relacionadas ao fungo Candida auris, mas aquelas com sistema imunológico comprometido ou que usam dispositivos médicos, como ventiladores ou cateteres, podem sofrer com quadros mais graves ou até morrer.

Preocupante por ser resistente a tratamentos

A infecção foi relatada pela primeira vez nos EUA em 2016. O aumento dos casos mais preocupantes aconteceu entre 2020 a 2021, segundo dados publicados no especializado Annals of Internal Medicine. Segundo a CDC, a maioria das infecções diagnosticadas era resistente aos tratamentos disponíveis contra o fungo. Além disso, a organização atribui o aumento de casos à falta de medidas de prevenção nas unidades de saúde e às melhoras nos serviços de acompanhamento e diagnóstico.