Som Livre, gravadora de Erasmo Carlos, presta homenagem ao artista

Após a confirmação da morte de Erasmo Carlos, aos 81 anos, na tarde desta terça-feira (22), a Som Livre, gravadora da qual o artista fazia parte, publicou uma nota em homenagem ao artista. O cantor e compositor havia sido internado no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde estava entubado, em estado grave.

Erasmo Carlos
Som Livre, gravadora de Erasmo Carlos, presta homenagem ao artista. (Foto: Divulgação).

“A música popular brasileira para sempre terá em Erasmo Carlos um herói imortal. Suas passagens pela Som Livre foram e continuarão sendo motivos de orgulho e gratidão para todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com o brilhantismo de um dos maiores nomes da nossa cultura”, inicia a nota.

O texto lembra que, na última semana, Erasmo havia ganhado o Grammy Latino na categoria melhor álbum de rock de língua portuguesa, pelo seu último lançamento, o disco O Futuro Pertence À Jovem Guarda, com releituras de sucessos seus e de outros nomes do movimento que marcou a música popular brasileira na década de 1960.

“O adeus que não queríamos dar traz a lembrança recente de que, apenas cinco dias atrás, Erasmo foi o vencedor do Grammy Latino com o melhor álbum de rock de língua portuguesa. Essa é apenas mais uma das muitas evidências de que Erasmo seguirá atual e relevante para a música por toda a eternidade. Nossos sentimentos aos fãs, familiares e amigos.”

Com mais de 60 anos de carreira, Erasmo, ao lado do amigo e parceiro de composição, Roberto Carlos, é um dos maiores compositores da música popular brasileira de todos os tempos, tendo em seu repertório, tanto ao lado do rei, quanto de outros parceiros, inúmeros sucessos, entre mais de 500 canções.

O giante gentil, como também era conhecdio, iniciou na música após aprender a tocar violão com Tim Maia e fazer parte de um grupo que contava com os dois artistas e Roberto Carlos.

Erasmo despontou para o sucesso ao lado de Roberto e Wanderleia, no programa Jovem Guarda (1965-1967), que ia ao ar na TV Record, onde ficou conhecido como o Tremendão e revolucionou a música, estética e comportamento da década.

Desde outubro, Erasmo Carlos apresentava um quadro de síndrome edemigênica, o que motivou a sua primeira internação, da qual havia recebido alta no último dia 2 de novembro.