Sindicato dos Metroviários pede investigação sobre segurança do Monotrilho de SP

Sindicato dos Metroviários pede investigação sobre segurança de Monotrilhos de SP
Sindicato dos Metroviários pede investigação sobre segurança de Monotrilhos de SP (Imagem: Reprodução)

Sindicato dos Metroviários pede investigação sobre segurança do Monotrilho de SP

No mês de março houve uma colisão entre dois trens do Monotrilho de São Paulo, ambos eram da Linha 15 – Prata, que tem como destinos finais as estações Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes. O Sindicato dos Metroviários de São Paulo afirmaram que a batida não ocorreu por falha humana e gerou uma discussão acalorada sobre a segurança do transporte público.

O Sindicato dos Metroviários acusa que o monotrilho tem um sistema inseguro para os trabalhadores e passageiros que o utilizam. Contudo, o Metrô rebate, reafirmando a segurança nas operações. Com base em informações internas, a presidente dos Metroviários, Camila Lisboa, e o vice-presidente Narciso Soares, sustentam a afirmação de que a Linha-15 não conta com um sistema automático de proteção de trens e trilhos que faça com que um trem pare frente a algum obstáculo no trilho e identifique uma possível colisão.

Formação de Comissão de Deputados para acompanhar a Rotina dos Operadores do Monotrilho

Além disso, denunciam haver falha no sistema de comunicação dos funcionários, com zonas do monotrilho sem sinal de rádio. Por esse motivo, segundo o sindicato, muitos precisam utilizar os próprios telefones celulares durante as operações. Foi esta soma de fatores, segundo a categoria, que fizeram com que os trens se colidissem no acidente registrado. Os trabalhadores também informam que, em alguns momentos, o trem fica no modo automático com o operador tendo que migrar para o outro lado do comando do trem. Com isso, por um curto período de tempo, o operador não fica em nenhum dos comandos – e, em caso de algum contratempo, não conseguiria acionar a emergência.

Em busca de que estes problemas sejam investigados, os Metroviários estão formando uma comissão de deputados para acompanhar a rotina dos operadores do monotrilho. Após essa fase de inspeção de possíveis fatores de risco, um relatório sobre a situação será encaminhado ao Ministério Público. “Jamais vamos falar para as pessoas não utilizarem o transporte público, é uma necessidade. Mas afirmamos que o monotrilho é inseguro, sim. E a responsabilidade disso não é dos trabalhadores. Mas do sistema”, ressalta Camila Lisboa. Como medidas urgentes, o sindicato reivindica a construção de cabines para os operadores para que sempre tenha alguém no comando do trem, assim como a imediata inspeção do sistema.

Versão do Metrô de SP

Em nota, ao Terra, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) ressaltou que a segurança dos passageiros é uma prioridade e que, por isso, o sistema cumpre com todos os protocolos e certificados de segurança necessários para a liberação da operação comercial das linhas. “A Comissão Permanente de Segurança do Metrô (Copese) concluiu que o incidente na Linha 15-Prata foi ocasionado pelo descumprimento de procedimentos operacionais por parte dos funcionários envolvidos”, reitera, mantendo o mesmo posicionamento divulgado após o acidente.