Sessão da CPMI de 8 de Janeiro é marcada por bate-boca e confusão

Deputados batem boca em sessão da CPMI de 8 de janeiro
Sessão da CPMI de 8 de Janeiro (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Sessão da CPMI de 8 de Janeiro é marcada por bate-boca e confusão

A reunião da CPMI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro desta terça-feira (6), iniciou com um bate-boca que envolveu parlamentares do governo, o presidente do colegiado, Arthur Maia (União Brasil-BA), e integrantes da oposição. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), tem o objetivo de investigar envolvidos e apurar fatos sobre os atos antidemocráticos que ocorreram na Praça dos Três Poderes.

Entenda o que aconteceu

Os embates começaram depois que o deputado Rogério Correia (PT-MG) questionou a presença do deputado André Fernandes (PL-CE), alegando que o parlamentar do PL é investigado por suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Na avaliação do petista, Fernandes não poderia participar da CPMI. Correia pediu que Fernandes seja retirado da CPMI de 8 de janeiro e substituído por outro membro e disse que o questionamento será dirigido a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso.

O próximo orador, senador Jorge Seif (PL-SC), disse para o deputado petista ter educação e deixá-lo falar. Em meio ao bate-boca, Arthur Maia pediu que o microfone de Rogério Correia fosse cortado. “Vossa excelência está tumultuando o trabalho, deputado”, disse o presidente da comissão.

Parlamentares defenderam a presença de André Fernandes

O deputado Filipe Barros (PL-PR) saiu em defesa de André Fernandes, afirmando entender ser uma questão “vencida” porque outras CPIs foram integradas por pessoas investigadas. O presidente da CPMI, Arthur Maia, disse, então, que não tomaria conhecimento do pedido de Correia, uma vez que não cabe ao presidente do colegiado, mas sim aos líderes, indicar os integrantes da comissão.

“Não existem deputados pela metade. Ou o deputado é deputado e pode participar de qualquer comissão nesta casa, ou não é e não pode fazê-lo. Quero dizer também que a indicação de membros da CPI não compete ao presidente do colegiado e, sim, aos líderes partidários”, afirmou o presidente do colegiado.

Arthur Maia foi aplaudido por parlamentares da oposição ao governo. Deputados governistas protestaram contra a decisão de Arthur Maia. Os ânimos se exaltaram, alguns parlamentares elevaram o tom de voz. Na sequência, a confusão foi controlada por Maia, e a relatora da CPI, Eliziane Gama (PSD-MA), iniciou a leitura do plano de trabalho da comissão.