Roger faz acordo com MP por desinformação sobre abuso infantil

Roger Moreira assinou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público
Roger Moreira assinou Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público (Foto: Reprodução/Instagram)

O cantor Roger Moreira chegou em um acordo com a Promotoria de Infância e Juventude de São Paulo após inquérito aberto que investigou o músico por divulgar comentários envolvendo uma vítima de estupro de 11 anos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Ministério Público.

“A alegação de consentimento por parte da criança e do adolescente nas eventuais práticas sexuais deve ser sempre questionada e contextualizada, uma vez que elas e eles são considerados seres humanos em condição peculiar de desenvolvimento, quando a capacidade de autonomia para consentir ou não ainda está em processo de construção“, afirmou a promotora Luciana Bergamo no texto do acordo.

Segundo o Ministério Publico, o artista assumiu a obrigação de divulgar o Guia Operacional à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, produzido pelo Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial do MP. Além disso, o acordo ainda exige o pagamento de R$ 60 mil, que será destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente.

O artista também será obrigado a realizar sete publicações em suas redes sociais, em períodos diferentes, de conteúdo que incentive à denuncia de violência sexual contra pessoas abaixo de 18 anos. Estas publicações terão informações sobre os sinais que as vítimas podem apresentar e dados sobre avanços da legislação.

Publicações de Roger

O Ministério Público abriu um inquérito contra Roger Moreira, guitarrista do grupo “Ultraje à Rigor” após publicações polêmicas sobre caso de abuso sexual infantil. Nas redes sociais, Moreira criticou a criança de 11 anos que engravidou ao ser estuprada no Piauí.

“Menina de 11 anos entra em desespero ao descobrir 2ª gravidez: ‘Tia, e agora?’ // Agora vê se para de meter! Ou pelo menos usa camisinha, porra!”, escreveu no X, antigo Twitter.

A avaliação do Ministério Publico afirma que o artista não considerou que a criança fosse vítima do abuso. Além disso, o órgão enfatizou o alcance do comentário do músico, ressaltando que este seria um tipo de comportamento que “inviabiliza o quão séria e complexa é a violência sexual contra crianças e adolescentes.

A defesa de Roger afirmou que em nenhum momento o comentário foi direcionado a criança. A publicação foi feita de forma sarcástica contra a família da criança, que foi “negligente em zelar pelos interesses da menina”.

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