Presidente Lula anuncia novo plano para Meio Ambiente, após derrotas no Congresso

Com derrota no Congresso, Lula apresenta nova proposta para Meio Ambiente
Presidente Lula anuncia nova proposta para Meio Ambiente (Foto: Marco Camargo/Agência Brasil)

Presidente Lula anuncia novo plano para Meio Ambiente, após derrotas no Congresso

Nesta última segunda-feira, (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma série de medidas para combater o desmatamento. A nova versão do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), criado em 2004, é organizado em quatro eixos e 150 metas.

Entenda como funcionará o projeto PPCDAM

Um dos primeiros passos será o embargo de 50% da área desmatada ilegalmente identificada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) consolidado do último ano em Unidades de Conservação federais. Na fala, o presidente reforça o monitoramento do território nacional por satélites, a fim de identificar e “dar uma resposta rápida” a qualquer risco ambiental.

“Vamos lançar em breve o ‘Plano Amazônia: Segurança e Soberania’, em parceria com os governos dos estados que compõem a Amazônia Legal, com o objetivo de combater sem trégua a crimes como grilagem de terras públicas, garimpo, extração de madeira, mineração, caça e pesca ilegais”, afirmou.

Além de frear o desmatamento, o plano também prevê condições para a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. Neste sentido, ele cita a agricultura de baixo carbono como uma forma de preservar áreas com retorno financeiro. “Queremos e iremos aumentar a produção de alimentos, financiando as propriedades médias e pequenas e a agricultura familiar. Nesse sentido, para além da agricultura de baixo carbono, queremos apoiar a produção agroecológica”, afirmou o presidente.

Um dos pontos levantados pelo PPCDAm é a validação das terras registradas no Cadastro Ambiental Rural, cujas análises estão atrasadas há mais de uma década. Segundo o Sistema Florestal Brasileiro, órgão do Ministério do Meio Ambiente, ao menos 18 milhões de hectares de florestas públicas, federais e estaduais, foram registrados ilegalmente como propriedades no CAR.

Rastreabilidade e economia

Outra medida que consta no novo plano do governo federal é a criação de um sistema de rastreabilidade dos produtos agropecuários e de madeira da Amazônia. A intenção é integrar sistemas como o Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor), Cadastro Ambiental Rural (CAR), documentos fiscais e sanitários.