Aos 68 anos, a renomada atriz Elizangela do Amaral Vergueiro faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória em Guapimirim, Rio de Janeiro. A emergência foi atendida inicialmente pelo SAMU, e ela foi prontamente levada ao Hospital Municipal José Rabello de Mello, onde as tentativas de reanimação se mostraram infrutíferas. “A Prefeitura Municipal de Guapimirim, lamenta a morte da consagrada atriz”, declarou a administração local.
Internação anterior
No ano anterior, Elizangela teve um sério comprometimento respiratório por conta da Covid-19, precisando de cuidados intensivos no mesmo hospital. A prefeitura relata que, apesar de estar gravemente enferma, a atriz escapou da intubação. É mencionado também seu posicionamento contra a vacinação: “Ela não tomou nenhuma dose do imunizante.”
Carreira de sucesso
Elizangela participou do elenco original de “Roque Santeiro” em 1975, uma novela que foi censurada antes de ir ao ar. Ela deveria interpretar Tânia, mas a proibição impediu sua aparição. Uma década depois, quando “Roque Santeiro” foi ao ar, Tânia foi interpretada por Lídia Brondi, mas Elizangela não ficou de fora, ganhando o papel de Marilda especialmente criado por Dias Gomes.
Em “Pecado Capital”, novela de 1975, Elizangela deu vida à Emilene, irmã da personagem principal, e seu nome foi uma homenagem às icônicas cantoras Emilinha Borba e Marlene. “Locomotivas” (1977) marcou não apenas por ser a primeira novela a cores no horário das 19 horas, mas também por apresentar Elizangela no papel de Patrícia, uma baterista em uma banda. Mais tarde, em “Feijão Maravilha” (1979), Elizangela continuou a explorar personagens de espírito livre, atuando ao lado de nomes notáveis como Marco Nanini e Lucélia Santos.
Além de atuar em novelas, ela também fez várias aparições em programas de humor da Rede Globo, como os de Jô Soares, Chico Anysio e Renato Aragão, e explorou a carreira musical, lançando um compacto com a música “Pertinho de Você” em 1979.
“Jogo da Vida” (1981) trouxe Elizangela como Mariúcha, uma empregada doméstica memorável por suas cenas cômicas e interações diretas com a câmera. Em “Paraíso” (1982), ela interpretou Maria Rosa, enquanto em 1986 ela esteve em “Tudo ou Nada” da TV Manchete.
Ela retornou à Globo em “Estados Anysios de Chico City” (1991) e em “Pedra sobre Pedra” (1992), onde interpretou a marcante Rosemary Pontes, uma esposa de político com um celular quase sempre inoperante.
Após uma pausa da Globo, trabalhando no SBT em “Éramos Seis” e “As Pupilas do Senhor Reitor”, Elizangela voltou à emissora em “Por Amor” (1997), interpretando Magnólia, uma mulher do subúrbio que trai o marido com o jardineiro.
Formação em Comunicação Social – Especializações em Redação – Copywriting – Pós graduação: Artes em Jornalismo pela Columbia Journalism School – Universidade Columbia.
