Tiago Pavinatto, jornalista e ex-apresentador da rádio Jovem Pan, recentemente fez uma conexão entre o trágico suicídio da influenciadora conservadora, Karol Eller, e o debate sobre “reorientação sexual”.

Pavinatto, que se descreve como um “homossexual convicto”, defendeu que a chamada “cura gay” é na verdade um “processo de tortura mental”, levando frequentemente a cenários de depressão profunda.

Para reforçar sua mensagem, ele usou a canção “Take me to church” [Leve-me à igreja], um hit da banda Hozier, em sua publicação.

Reação de Michelle Bolsonaro

Em resposta ao post de Pavinatto, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, fez questão de se manifestar por meio de uma rede social. Ela postou:

“Lembrando, meu querido Pavinatto, que a nossa Karol sofria de depressão decorrente de uma vida de abusos”. Ela continuou a mensagem destacando a visão cristã da compaixão e cura, mencionando:

“Jesus tem uma forma especial e particular para tratar os Seus filhos. Ele veio para trazer luz, vida e transformação”.

Interessantemente, Pavinatto recebeu a mensagem de Michelle com aparente abertura, não só “curtindo” a postagem, mas também colocando-a em destaque no topo das respostas em sua publicação.

Consequências políticas do caso Karol Eller

A morte de Karol Eller não está passando despercebida no cenário político brasileiro. Segundo informações, legisladores de partidos de esquerda estão se movimentando para usar esse trágico evento como um ponto focal na Câmara dos Deputados.

O objetivo é combater tentativas por parte de grupos conservadores de limitar os direitos da comunidade LGBTQ+, incluindo uma proposta para proibir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

Tiago Pavinatto aponta igreja como a causa da morte de Karol Eller

Pavinatto compartilhou: “Sinto-me na responsabilidade de compartilhar meu ponto de vista sobre o que aconteceu.

Como gay e cristão, acredito que o caminho que Karol decidiu seguir, o de reorientação sexual, teve consequências trágicas em sua vida.”

Questionamento sobre métodos de reorientação sexual

Na continuação de seu post, o jornalista expressou sua preocupação sobre os métodos de reorientação sexual e sua validade.

“Enquanto a pessoa que a conduziu a isso pode não ser responsável legalmente, a reflexão cristã deve prevalecer. Tentar mudar a verdadeira natureza de alguém pode ter repercussões perigosas. Não há base científica que confirme a eficácia dessa reorientação.”

Citando estudos da Associação Americana de Psicologia, Pavinatto destacou que não existe uma evidência sólida que apoie tais métodos.

“Os dados mostram que muitos que passam por isso sofrem consequências psicológicas devastadoras, desde sentimentos de inadequação até tendências suicidas.”

Reações do público e esclarecimentos adicionais

Após a publicação, vários seguidores interagiram nos comentários, levantando questões sobre o histórico de depressão de Eller e possíveis desafios que ela enfrentou por suas inclinações políticas.

Em resposta, o jornalista foi enfático ao compartilhar uma conversa recente que teve com a influenciadora:

“Para os críticos, devo mencionar que conversei com Karol recentemente. Ela expressou sua luta em combater seus sentimentos naturais. Estando claro para mim, que as terapias de reorientação, em muitos casos, desencadeiam pensamentos suicidas.”