Matheus e Kauan, uma das duplas sertanejas mais populares do Brasil, acabam de lançar o single ‘Basiquinho’, que dá nome a um EP gravado em Goiânia e que conta ainda com a participação da dupla Jorge e Mateus e as músicas inéditas, “Bololô”, “Pose” e “Pactos”.
Em entrevista exclusiva para o Mix Me, Matheus conta detalhes da gravação do projeto e diz que a dupla está entrando em uma fase menos romântica e mais animada, com músicas que falem sobre situações do dia a dia das pessoas.
“Eu acho super importante também as músicas românticas, só que a galera tá em um momento de curtição, de comemorar a vida. Então a gente está buscando lançar coisas mais animadas e com papos leves, assuntos bacanas para o dia-a-dia das pessoas.”, ele explica.
O sertanejo também falou sobre o sucesso da dupla que acumula mais de 7 milhões de streams no Spotify e mais de 10 milhões de inscritos no YouTube. Com mais de 13 anos de carreira eles se sentem seguros no espaço que conquistaram no gênero e incentivam o surgimento de novas duplas.
“Muita gente inclusive gosta de acompanhar e seguir os passos que a gente seguiu na nossa carreira, que é uma carreira de sucesso, hoje a gente vê. Mas eu acho super interessante e super válido que surjam mais ainda, pessoas que possam levar a nossa música sertaneja ainda mais longe.”
Confira a entrevista na integra:
Vocês são conhecidos por fazerem um sertanejo mais romântico. O single e o novo EP seguem essa linha ou vão por um outro caminho?
“Esse EP, especificamente, tem uma música que é mais romântica sim, um pop romântico, e as outras são músicas bem pra cima. Acho que as pessoas ficaram muito tempo trancadas dentro de casa, sem fazer nada. Eu acho super importante também as músicas românticas, só que a galera tá em um momento de curtição, de comemorar a vida. Então a gente está buscando lançar coisas mais animadas e com papos leves, assuntos bacanas para o dia-a-dia das pessoas.”
Como foi o processo de composição desse EP e quais foram as principais inspirações?
Esse foi um EP construído como diz o nome mesmo, bem basiquinho. Foi algo muito natural. Primeiro a gente escolheu a música ‘Basiquinho’ e a gente gravaria só ela. Então a gente começou a construir a ideia do cenário, pra ser como se fosse um clipe mesmo. E aí a gente falou ‘A gente já vai montar todo o cenário, vai ficar uma coisa tão bonita, então vamos gravar mais três’. Em uma das músicas o Jorge e Mateus participaram. Fiz o convite para eles há três dias do projeto. Acabei compondo também 3 dias antes. A gente produziu e gravou. E as outras duas também, a gente fez na semana do projeto. É um desafio que a gente gosta. A gente aposta sempre nessas loucuras. Assim como foi com ‘O nosso Santo Bateu’, que a gente fez a música uma semana antes da gravação. A gente confia muito nessas coisas que são de repente.
Em um momento em que o sertanejo está em alta e muitos artistas novos surgem com muita frequência, vocês se preocupam em fazer com que a música da dupla mantenha uma personalidade e soe diferente das outras?
“É, eu acho que o sertanejo está em alta sim, sempre esteve na verdade, e artistas novos são extremamente necessários para que esse movimento siga tão forte. Com duplas novas, com ideias novas, com personalidade. Acho que é super importante, a gente fica muito feliz, na real, com tudo isso. A gente já conquistou nosso espaço. Hoje Matheus e Kauan é uma dupla que existe a 13 anos e a gente faz, em média, 20 shows por mês no Brasil. Muita gente inclusive gosta de acompanhar e seguir os passos que a gente seguiu na nossa carreira, que é uma carreira de sucesso, hoje a gente vê. Mas eu acho super interessante e super válido que surjam mais ainda, pessoas que possam levar a nossa música sertaneja ainda mais longe.”
Quando vocês estão fora dos palcos o que gostam de ouvir?
“Fora dos palcos a gente ouve um pouquinho de tudo. Porque é super interessante você estar antenado do que está rolando no mundo inteiro, aqui no Brasil também. A gente é bem eclético nesse ponto. No camarim também, a gente escuta muita música. A gente escuta rap, funk, trap, sertanejo, música internacional também, pop. Cabe um pouquinho de tudo.”
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.