A disputa pública entre o apresentador Marcão do Povo e a cantora Ludmilla adquiriu novos desenvolvimentos neste mês.
O membro da equipe do SBT, condutor do programa “Primeiro Impacto“, entrou com uma ação judicial contra a artista após ela publicar uma nota em que o chamava de “racista“.
Entretanto, Marcão sofreu uma derrota quando a juíza optou pelo arquivamento do processo.
Começo do caso:
Na verdade, a controvérsia teve início em 2017, quando Marcão do Povo trabalhava na Record TV.
No programa “Balanço Geral“, ele referiu-se a Ludmilla como “pobre macaca” ao vivo. A cantora, indignada, decidiu processá-lo, alegando injúria racial.
No entanto, a Justiça o inocentou, alegando não haver crime em sua fala.
Em março deste ano, após perder o processo movido contra Marcão do Povo, Ludmilla emitiu uma declaração através de sua assessoria, qualificando o apresentador do SBT como “racista“.
Segundo o contratado do SBT, a intenção da artista era prejudicar e manchar sua “honra e imagem”.
Como resposta, ele a processou
“Mesmo após a utilização dos termos ‘pobre e macaca’ contra mim, o Juízo da 3ª Vara Criminal de Brasília entendeu que não houve, por parte do apresentador Marcão do Povo, a intenção de ofender (?!). Pois eu digo: ofendeu sim e meus advogados estão preparando o recurso cabível. Como pode? Eu, quieta, na minha, do nada vem um racista me atacando em rede nacional”, disse Ludmilla na ocasião.
Em resposta às declarações de Ludmilla, Marcão do Povo interpôs uma interpelação judicial contra a artista.
Nesse documento, o apresentador do SBT indagou qual teria sido a “verdadeira intenção” ao acusá-lo de racismo e quais “provas” ela apresentara.
Adicionalmente, buscou entender quais “interesses” estavam por trás do comentário feito por Ludmilla a seu respeito.
Contudo, no início deste mês, o caso tomou um rumo inesperado. Solicitado a esclarecer mais detalhes sobre sua demanda, Marcão do Povo não respondeu à Justiça e “sumiu“.
Como resultado, a juíza da 42ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Alessandra de Araújo Bilac Moreira Pinto, acolheu a solicitação do Ministério Público (MP) e determinou o arquivamento do inquérito devido à “inércia do interpelante“.
Ludmilla reverteu a situação
Após ser absolvido pelas declarações polêmicas, a defesa de Ludmilla recorreu com sucesso e reverteu a situação.
Em junho, o apresentador foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão, em regime aberto, pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Os advogados de Ludmilla também requereram uma indenização de R$ 30 mil.
“Finalmente uma notícia boa Brasil! Chorei tanto quando saiu a notícia que eu tinha perdido esse processo e hoje finalmente esse racista tá pagando, não tanto quanto deveria, por me humilhar e fazer o que tantos brasileiros sofrem diariamente na pele, literalmente”, disse Ludmilla nas redes sociais.
Ela ainda cobrou a demissão do apresentador. “Agora cabe ao @SBTonline decidir se vai manter um racista na casa!”.
Formação em Jornalismo – Cursando Pós-Graduação em Redação Criativa e Redação para Mídias Digitais pela Universidade Nova de Lisboa – Portugal
