Linha Direta: Relembre os principais casos do programa

Linha Direta
O programa Linha Direta está de volta! Confira alguns dos principais casos relatados  (Foto: Reprodução/Acervo Globo)

Linha Direta: Relembre os principais casos do programa

A Rede Globo decidiu trazer de volta o programa que foi o terror de muitas crianças dos anos 90. Linha Direta, que já teve nomes como Hélio Costa, Marcelo Rezende e Domingos Meirelles como apresentadores, retorna em 2023 a grade da emissora sob o comando de Pedro Bial, que foi um dos primeiros apresentadores do Big Brother Brasil.

Relembre alguns dos principais casos do programa precursor no gênero “true crime”:

O enigma do Edifício Joelma:

O programa Linha Direta teve como um de seus destaques o curioso caso do Edifício Joelma. Em 1948, em uma casa que ocupava o local onde futuramente seria o prédio, Paulo Camargo, professor de química, matou a mãe e suas duas irmãs a tiros e enterrou os corpos em um poço no fundo da casa. Logo após, o rapaz cometeu suicído. Para alguns, isso marcou o início de uma maldição no local.

Em 1974 um incêndio repentino, que não sabe-se até hoje de onde surgiu, tomou conta do edifício. O acidente, que pode ter sido resultado da maldição deixada pelos espíritos assassinados no terreno em 1948, deixou mais de 340 pessoas feridas e mais de 180 pessoas foram vítimas fatais.

Césio 137:

Este episódio foi marcado por abordar um dos maiores acidentes radiológicos em uma área urbana no Brasil. A contaminação pelo composto químico Césio 137 aconteceu em Goiânia, capital do estado de Goiás, em 1987. O caso deixou 104 pessoas mortas e mais de 1,6 mil pessoas foram afetadas pelo acidente até em 2012, ano em que completou-se 25 anos da tragédia.

Em 2008 o episódio chegou a ser finalista na categoria ‘Atualidades’ no renomado prêmio Emmy Internacional, que premia as maiores produções da televisão em todo o mundo.

A bomba do Riocentro:

Os últimos anos da regência da Ditadura Militar foi marcado por pânico, mais especificamente nos anos de 1980 e 1981. Alguns apoiadores do regime que não concordavam com a volta da democracia aterrorizaram o local onde grandes nomes da música brasileira realizavam shows no centro do Rio de Janeiro em comemoração do Dia do Trabalhador, que reuniu mais de 20 mil pessoas. O ato terrorista foi falho, visto que uma das bombas explodiu longe de seu alvo e outra detonou prematuramente, danificando os explosivos restantes e vitimando dois dos terroristas, o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que morreu instantaneamente, e o capitão Wilson Dias Machado, que ficou gravemente ferido.

Foram ouvidos nomes como a saudosa Beth Carvalho, Alceu Valença e Elba Ramalho. Estes nomes foram algumas das pessoas que se apresentaram no local no momento do atentado terrorista com uma série de bombas. Eriberto Leão, Tuca Andrada e Mateus Solano participaram do elenco da reconstituição do crime.

Zuzu Angel:

O curioso caso da morte de Zuzu Angel, estilista que teve seu filho, o jovem Stuart, torturado e morto pelos militares da ditadura militar por ser integrante do movimento estudantil, também foi destaque no Linha Direta. A morte de Zuzu causou um grande estranhamento na época pois foi justamente no momento em que a mesma estava com a boca no trombone para denunciar a violência do regime.

A estilista morreu no dia 14 de abril de 1976. Ela estava voltando para sua casa em uma noite comum e o acidente ocorreu na saída de um túnel que leva em direção a São Conrado, no Rio de Janeiro. De acordo com os militares, o acidente aconteceu pois Zuzu dormiu no volante. No entanto, alguns anos mais tarde foi determinado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça que os militares foram os verdadeiros culpados por sua morte, colocando mais um crime político na conta do regime.

Assassinato de PC Farias:

Um dos casos de maior repercussão de 1996 também foi destaque no programa Linha Direta. PC Farias, tesoureiro da campanha do político Fernando Collor de Mello, foi assassinado juntamente com sua namorada, a jovem Suzana Marcolino na cidade de Maceió, em Alagoas. De acordo com os laudos iniciais da morte de ambos, Suzana teria assassinado seu companheiro e, posteriormente, cometido suicídio.

No entanto, após investigações mais profundas sobre o caso, chegou-se à conclusão de que não houve assasinato e suicídio, mas sim um  duplo homicídio. Até hoje não se sabe quem foi o mandante ou o responsável pelos crimes, quais armas foram usadas ou se foi um crime mandado.

 

ATENÇÃO: Algumas das mídias presentes nesta matéria são de conteúdo sensível e a reprodução das mesmas é de inteira responsabilidade do leitor.