Na terça-feira, Mario Fishbein, tio de Celeste Fishbein, a filha de uma brasileira que havia sido sequestrada pelo Hamas, anunciou o trágico falecimento da jovem.
As autoridades israelenses informaram a família sobre o assassinato da jovem após ela ter desaparecido em 7 de outubro, consequência de um ataque do grupo extremista Hamas em território israelense.
“(O Exército israelense) avisou a gente que a (minha) sobrinha foi assassinada. Encontraram o corpo dela“, disse Mario Fishbein.
Comunicado da morte de Celeste
Os representantes do exército israelense visitaram a família para comunicar a notícia, porém, não forneceram detalhes adicionais sobre quando e onde o corpo de Celeste foi encontrado, nem sobre as circunstâncias de sua morte.
Contudo, a família aguarda a liberação do corpo de Celeste, o que deve ocorrer na terça-feira ou na quarta-feira. Inicialmente, o Exército israelense havia informado à família nos dias anteriores que a jovem havia sido feita refém em Gaza.
No entanto, Celeste se tornou mais uma vítima dos rebeldes do grupo terrorista, que invadiram várias casas e sequestraram cerca de 120 pessoas. Infelizmente, ela não conseguiu escapar do grupo armado.
Família consegue escapar
Os familiares da brasileira tiveram mais sorte, pois estavam na casa da avó realizando uma cerimônia religiosa quando as sirenes soaram.
Em seguida, eles conseguiram se abrigar e, a partir desse momento, mantiveram contato com Celeste por meio de um grupo familiar. Durante o ataque, eles observaram várias residências sendo invadidas e destruídas.
A princípio, Celeste, que estava com seu namorado em casa, respondeu às mensagens do grupo, inclusive alertando sobre os terroristas disfarçados que invadiam as casas.
“Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do exército de Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir as portas. Protejam suas vidas. Compartilhem”, disse a mensagem.
Família perde contato com Celeste
Contudo, após o início dos ataques terroristas, eles perderam contato com Celeste. “Celeste ficou com o namorado em Gaza. Eles deixaram de responder as mensagem de celular às 11 horas. E ninguém tem mais notícias”, contou o tio.
Além disso, Celeste fazia parte de uma família de judeus brasileiros que vivia em Israel. Ela trabalhava como babá e estava em um kibutz, uma pequena comunidade rural, nas proximidades da Faixa de Gaza.
Em conclusão, sua mãe e avós, também de origem brasileira, viviam em outro kibutz na região de Gaza, depois de terem emigrado de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, para o Estado de Israel, deixando para trás o Bom Retiro, na capital paulista.
Formação em Jornalismo – Cursando Pós-Graduação em Redação Criativa e Redação para Mídias Digitais pela Universidade Nova de Lisboa – Portugal
