O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma conversa telefônica neste sábado (14) com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, onde solicitou assistência para a retirada de brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza.
A Faixa de Gaza, uma área sob ocupação palestina, está localizada entre o Egito e Israel e tem sido alvo de ataques por parte de Israel nas últimas semanas, em resposta aos ataques do grupo terrorista Hamas ao território israelense. O Hamas mantém bases em Gaza.
Brasileiros que se encontram em Gaza procuraram o governo Lula em busca de ajuda para escapar do conflito e retornar ao Brasil.
Operação
O governo brasileiro, juntamente com a embaixada do Brasil na Cisjordânia (região adjacente a Gaza), organizou uma operação para facilitar o retorno desse grupo. No entanto, a entrada no território egípcio é necessária para que possam embarcar no avião enviado pelo Brasil, e o Egito ainda não concedeu autorização para essa entrada.
As autoridades egípcias, segundo informações da diplomacia brasileira, estão preocupadas, entre outros fatores, com a possibilidade de que esses brasileiros se tornem refugiados em seu país. Além disso, o Egito teme perder o controle da situação caso abra a fronteira com Gaza.
O presidente Lula assegurou que os brasileiros serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito e serão conduzidos diretamente para o avião, em um ponto próximo à fronteira com Gaza.
Comunicado
A Presidência, em comunicado, declarou: “O presidente Lula informou que assim que os brasileiros cruzarem a passagem de Rafah, serão acompanhados pelo embaixador do Brasil no Egito até o aeroporto de Arish, onde embarcarão imediatamente em uma aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil.”
Inicialmente, durante as negociações diplomáticas, o Brasil considerou buscar o grupo de brasileiros na capital egípcia, Cairo. No entanto, essa opção exigiria que o grupo percorresse centenas de quilômetros de ônibus pelo território egípcio, o que não foi bem recebido pelo governo do Egito. Como resultado, o Brasil alterou a proposta para o aeroporto de Arish, que fica muito mais próximo da fronteira.
Formada em jornalismo pela escola Belas artes e Cursando Pós-graduação em Redação e revisão textual pela Universidade Nova de Lisboa- Portugal