Israel se manifesta contra cessar-fogo e ataca ONU a chamando de ‘corrupta’

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Israel se manifesta contra cessar-fogo e ataca ONU a chamando de ‘corrupta’. (Foto: Reprodução/Internet)

Na última quinta-feira, dia 26 de outubro, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi palco de um debate intenso sobre o conflito em andamento entre Israel e o grupo Hamas. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, fez uso da palavra para expressar a posição de seu país em relação aos acontecimentos recentes e à resolução proposta para um cessar-fogo, qualificando-a como “absurda”.

Condenação direta ao Hamas

Erdan não poupou palavras em seu discurso, separando claramente o conflito com o Hamas do relacionamento de Israel com os palestinos de forma geral. Ele argumentou que o enfrentamento atual não tem relação com os palestinos, mas está centrado no grupo Hamas, ao qual se referiu como uma “organização terrorista jihadista genocida”. O embaixador comparou Israel, descrito como uma “democracia cumpridora da lei”, aos “nazistas modernos”, fazendo uma referência direta ao Hamas.

Críticas à proposta de cessar-fogo e à ONU

Segundo Erdan, aceitar a proposta de cessar-fogo equivaleria a dar ao Hamas o tempo necessário para se rearmar, além de restringir a capacidade de Israel de responder à ameaça. Ele expressou uma visão extremamente crítica em relação à ONU, dizendo que a organização está “quebrada e é moralmente corrupta”, destacando a permissão dada ao governo do Irã para discursar na assembleia, mesmo após se encontrar com o Hamas e o Hezboollah.

Apelo e críticas

Do outro lado do debate, o diplomata palestino Riyad Mansour fez um apelo emocional, pedindo que os países membros votassem a favor do cessar-fogo para “acabar com a loucura”. Ele também direcionou críticas ao líder israelense e à situação na Faixa de Gaza, destacando a discrepância no tratamento entre israelenses e palestinos.

Questionamentos e reflexões

Mansour levantou questões pertinentes sobre a percepção e o tratamento dispensado aos dois lados do conflito, indagando por que haveria empatia pelos israelenses e não pelos palestinos. Ele questionou se a diferença na fé e na cor da pele estaria influenciando a resposta internacional ao conflito.

Antes de chegar à Assembleia Geral, o conflito gerou impasse no Conselho de Segurança da ONU, demonstrando a complexidade e a sensibilidade das questões envolvidas. O debate na Assembleia-Geral refletiu as tensões e as divergências profundas entre as partes, destacando a necessidade urgente de uma solução pacífica e justa para o conflito prolongado.