Homem bate recorde mundial de maior tempo vivendo debaixo d’água

Joseph Dituri
Joseph Dituri faz parte de um projeto científico e ficou 74 dias debaixo d’água (Foto: Instagram)

Homem bate recorde mundial de maior tempo vivendo debaixo d’água

Um homem  estabeleceu o recorde mundial no Guinnes World Records de maior tempo vivendo debaixo d’água sem despressurização. Joseph Dituri, de 55 anos, está há mais de 74 dias morando no Jules ‘Undersea Lodge’, no fundo de uma lagoa de 10 metros de profundidade, em Key Largo, mas ainda planeja passar pelo menos 100 dias lá.

A duração quebra o recorde anterior de 73 dias, estabelecido por dois professores que também moraram na pousada em 2014. “A curiosidade pela descoberta me trouxe até aqui”, disse Dituri, que leciona na Universidade do Sul da Flórida (USF), em um post. “Meu objetivo desde o primeiro dia foi inspirar as gerações vindouras, entrevistar cientistas que estudam a vida submarina e aprender como o corpo humano funciona em ambientes extremos.”

Projeto é um experimento

Dituri, que também é conhecido como “Dr. Deep Sea”, está debaixo d’água desde 1º de março como parte de um projeto chamado “Projeto Neptune 100”, que está analisando como o corpo humano reage à pressão subaquática de longo prazo.

Organizado pela Marine Resources Development Foundation, proprietária do alojamento de águas profundas, o projeto une pesquisa médica e oceânica com educação. Os pesquisadores têm monitorado e realizado exames médicos da saúde física e psicológica de Dituri ao longo do projeto.

O recorde é um pequeno solavanco e eu realmente aprecio isso”, refletiu Dituri. “Estou honrado em tê-lo, mas ainda temos mais ciência a fazer. A ideia aqui é povoar os oceanos do mundo, cuidar deles vivendo neles e tratando-os realmente bem”, acrescentou.

“Quero inspirar”

Dituri, que esteve na Marinha por 28 anos, continua dando aulas de engenharia biomédica na USF enquanto está na lagoa. “O que mais sinto falta de estar na superfície é literalmente do sol. O sol tem sido um fator importante na minha vida. Normalmente vou para a academia às 5 e depois volto e vejo o nascer do sol”, garantiu

Em seu Instagram, ele disse que estava agradecido pela oportunidade que surgiu da sua curiosidade com a ciência. “E por mais que quebrar um recorde seja demais, minha missão não acaba aqui. Tenho mais 23 dias no mar para a pesquisa“.