Haddad anuncia que reforma tributária terá regra de transição

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou preocupação em reunião do G20 (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou regra da reforma tributária (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Haddad anuncia que reforma tributária terá regra de transição

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em discurso na última terça-feira (28) que reforma tributária terá uma regra “suave” de transição de vinte anos. Durante encontro na Marcha em Defesa dos Municípios, ele destacou que esse prazo irá evitar que as prefeituras tenham perda de recursos.

Haddad colocou a aprovação da reforma como algo urgente. Ele citou o alto volume de processos judiciais em torno de disputas envolvendo impostos no Brasil. “[Existe uma] briga para pagar ou não pagar imposto. Às vezes, a pessoa nem sabe o que deve”, declarou o ministro durante o evento, organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Haddad faz pedido

No discurso, ministro da Fazenda do governo Lula pediu desprendimento aos municípios. Ele disse que é necessária uma união para aprovar a reforma tributária e incentivar o crescimento da economia. “Aqui não é guerra federativa, entre Estados, municípios e União. Estamos ouvindo dos 27 governadores que essa reforma tributária é justa, porque coloca o cidadão acima de tudo. Ele tem que estar no alto das prioridades”, disse.

De acordo com Haddad, a reforma tributária está entre “as três ou cinco medidas” mais importantes para o Brasil. Além da alteração no sistema de impostos, ele também citou a reforma no sistema de crédito e o novo marco fiscal, como as principais medidas do governo Lula na área econômica.

O que diz o relator da reforma tributária

Relator da reforma tributária, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), garantiu que há comprometimento dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, em relação ao assunto. Ele afirmou que existe a disposição dos dois em colocarem o tema em votação ainda este ano.

Ribeiro também disse que as discussões levam em conta os municípios. “Temos o desafio de não olhar cada um para si, mas de olhar o todo. E com essa obrigação, temos de entender que a vida ocorre no município. O prefeito é um pouco de delegado, médico, psicólogo, um pouco de tudo”, pontuou.

“Precisamos ter um país mais forte do ponto de vista do seu crescimento econômico. Estamos falando de promoção de riqueza, de geração de emprego e renda. Isso vai fazer nossa economia crescer e consolidar o Estado brasileiro como um país forte”, afirmou o deputado. As informações são da Agência Brasil.