Globo vira alvo de ações de sindicatos de jornalistas após demissão em massa

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Sindicatos de jornalistas se organizam para entrar com ação contra a globo por demissões. (Fotos: reprodução/Globo).

Globo vira alvo de ações de sindicatos de jornalistas após demissão em massa

Após os anúncios de demissões de muitos nomes veteranos do jornalismo da Globo, em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte, nesta semana, sindicatos da categoria estão se organizando contra a ação da emissora. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) informou em nota que quer tratar do assunto urgentemente.

A organização enviou um ofício à Globo cobrando uma reunião em caráter de urgência para tratar da demissão em massa. “Em reunião realizada com profissionais da emissora, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo salientou que a posição da entidade é a luta contra qualquer demissão, com a categoria resistindo coletivamente a esse verdadeiro desmonte de nossa profissão.”, diz a nota.

“Fica evidente também a posição etarista da empresa, com a demissão sumária de profissionais com décadas de experiência”, completa a Fenaj. Os sindicatos estão  planejando realizar ação conjunta para tentar reverter parte das demissões e estão cobrando a abertura de um canal direto de comunicação com a empresa.

Posição da Globo

A Globo justifica as demissões em seu time do jornalismo como “parte do processo de transformação” da companhia e como parte sua estratégia para manter a “disciplina de custos e investimentos em iniciativas importantes de crescimento.” Os jornalistas, no entanto, não aceitam o argumento.

Sindicato dos jornalista do RJ se pronuncia

Na última terça-feira (4) profissionais do Rio de Janeiro já tinham classificado a decisão da Globo como “dia de terror” e planejam entrar com uma denúncia para o Ministério Público do Trabalho. Em nota, o sindicato que representa a categoria no estado fluminense, manifestou sua posição.

“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia as demissões e vai protocolar denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho contra a arbitrariedade e o inaceitável assédio moral no momento mais decisivo da campanha salarial, quando é apreciada a proposta patronal para a renovação da Convenção Coletiva e os trabalhadores buscam reduzir perdas econômicas e assegurar melhores condições de trabalho.”