Fuzuê: Nicolas Prattes busca inspiração em grandes galãs da teledramaturgia para o seu personagem

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Fuzuê: Nicolas Prattes busca inspiração em grandes galãs da teledramaturgia para o seu personagem. (Foto: reprodução/internet)

Desde que apareceu pela primeira vez na televisão em Malhação: Seu Lugar no Mundo (2015), Nicolas Prattes tornou-se um rosto familiar para interpretar mocinhos.

Entretanto, para seu mais recente papel em Fuzuê, o ator buscou inspiração em personagens icônicos do passado.

Ícones da teledramaturgia como referência

Para dar vida a Miguel, Nicolas voltou às décadas passadas e buscou inspiração em personagens memoráveis de seus ídolos.

Referenciou Antonio Fagundes em Rainha da Sucata (1990), Tony Ramos em Bebê a Bordo (1988) e Murilo Benício em Pé na Jaca (2006).

“Estou assistindo Bebê a Bordo. Já estou no capítulo 200. O Miguel tem muito desses personagens”, disse ele, detalhando as características do seu novo papel:

“Ele não é aquele protagonista herói, que se joga nas coisas, que resolve tudo. Pensa muito antes de agir, é mais contido, tem um visual mais nerd e ainda gagueja quando está nervoso”.

Trabalhos anteriores e novos desafios

Ao longo dos anos, Nicolas interpretou diversos personagens principais, como em Malhação (2015), Rock Story (2016), O Tempo Não Para (2018) e Vicky e a Musa (2023).

No entanto, houve uma reviravolta quando, em Éramos Seis (2019), ele optou por interpretar o ambicioso Carlos ao invés do tradicional mocinho.

Ainda assim, ele admitiu que após interpretar Diego em Todas as Flores (2022), sentiu o desejo de encarar um papel mais leve:

“Já sou conhecido como um ator cara de pau, que pede mesmo para fazer as coisas. Depois do Diego, queria algo mais leve, pra cima, divertido.”

Ele também refletiu sobre os desafios de interpretar mocinhos hoje em dia:

“Tem ficado cada vez mais difícil fazer esse tipo de personagem, já que, às vezes, um vilão toma o gosto do público porque fica uma coisa mais humana, mais viva, já que ninguém é só bom, né?”

Introduzindo um detalhe pessoal ao personagem

A decisão de fazer Miguel gago foi uma escolha pessoal de Nicolas, inspirada por uma experiência anterior no programa The Masked Singer.

Mesmo ciente de que a gagueira pode ser vista como algo cômico pelo público, Nicolas teve cuidado ao abordar esse aspecto do personagem:

“Conheci um cara da Associação de Gagos do Brasil que falou que se sentiu muito bem representado, porque não fui para o lado da comédia e não fazia graça. Aí, eu falei que, se um dia eu pudesse fazer um personagem que levasse para esse lado, eu faria.”

Ele ressaltou a intenção por trás da característica:

“Não é para ser engraçado, porque ele está tentando apenas falar. Sei que acaba ficando [cômico] porque Fuzuê é uma comédia, mas faço com muito respeito”.