Delegação do Fluminense é alvo de racismo na Argentina

Fernando Diniz no Fluminense
Time carioca é alvo de racismo na Argentina (Foto: Reprodução/Twitter)

Delegação do Fluminense é alvo de racismo na Argentina

Na noite da última quarta-feira (7), o Fluminense foi até a Argentina encarar o time do River Plate pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores da América. Jogando muito longe de casa, o Tricolor das Laranjeiras foi superado em 2×0 pelos argentinos.

Com o placar negativo, o Fluminense adiou a classificação para as oitavas de final da competição continental, mas segue como o líder do Grupo D com nove pontos, precisando apenas de um empate na rodada final.

Além do resultado, a ida do time carioca para a Argentina ficou marcada por conta de novos atos de racismo na Libertadores. Desde que chegaram no estádio Monumental de Nuñez, a delegação do Fluminense foi provocada por torcedores locais que faziam gestos de macaco para os brasileiros.

Casos rotineiros

Não é de hoje que acontecem casos de racismo em jogos da Libertadores. Em relação aos clubes brasileiros, não são poucos os episódios em que jogadores e torcedores de equipes brasileiras são alvos de racismo quando vão jogar em outros países da América do Sul.

Apesar da CONMEBOL, entidade máxima do futebol do continente, sempre pregar ações contra o racismo, os casos seguem acontecendo, com poucas punições aos criminosos.

Cobrança de atitudes

Após o confronto com o River Plate, Fernando Diniz, treinador do Fluminense, lamentou a atitude dos torcedores locais, afirmando que as ofensas também aconteceram fora do estádio.

“Em relação aos casos de racismo, é lamentável. Não foi só aqui dentro do estádio. Nas ruas também de Buenos Aires. A Conmebol tem que tomar uma atitude com relação a isso. Acontece com muita gente, não é um ou outro, são muitos. Estamos vivendo no mundo que é todo mundo irmão. Só serve quem tem linhagem europeia? Isso é uma vergonha para o país, para a cidade, para o clube”.

O comandante Tricolor também cobrou a entidade para que encontre os criminosos e que sejam punidos de forma exemplar.

“Permitir que torcedores como esses… isso não são torcedores, devia estar preso. Isso tem que ser crime. E o futebol mundialmente e aqui na América do Sul a Conmebol tem que tomar providências. Porque é só pegar a câmera do estádio e ver que foram vários imitando macaco. Vários. E achando que isso é bonito”.

O Fluminense entra em campo novamente no domingo (11) às 18:30, para encarar o Goiás pelo Campeonato Brasileiro.