Carnaval 2023: Carro Alegórico pega fogo na Sapucaí

Carro Abre Alas da Escola de Samba Beija-Flor tem princípio de incêndio (Imagem: TV Globo)

Na madrugada desta terça-feira (21), está acontecendo o último dia de Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí. Ocorre que uma grave tragédia aconteceu na Avenida, deixando todos impactados.

Durante a apresentação da Escola de Samba Beija-Flor, a segunda parte do carro abre alas pegou fogo minutos antes de entrar na Avenida. O momento do incêndio foi registrado pelos foliões. O desespero foi enorme, pois havia uma pessoa em cima do carro alegórico.

A penúltima escola à desfilar teve muita sorte, pois, devido à competência dos bombeiros de plantão, o incêndio não tomou proporções gigantescas. Na verdade, apesar de danos no carro, ninguém saiu ferido, pois o fogo foi controlado e o carro retirado com a ajuda do Carvalhão.

 

 

Confira os momentos do incêndio:

 

 

O fogo atingiu o alto da alegoria, onde havia um homem em destaque. Rapidamente, bombeiros que estavam de prontidão no Sambódromo controlaram o fogo, lançando água com uma mangueira. Depois de ser salvo sem ferimentos, o homem concedeu uma entrevista rápida:

“Estou bem, vou tirar a minha roupa, mas antes vou falar com a minha mulher”

O homem foi identificado como Edson Gouveia, que desfila desde 2017 na Beija-Flor. Após o incidente, Edson voltou para o carro para seguir com o desfile até o encerramento. Quando o carro entrou na Avenida, houve bastante aplausos no Setor 1.

Possíveis causas do incêndio

A plataforma onde estava o destaque tinha dois efeitos: fumaça e fogo frio, que era formado por faíscas, que atingiram o esplendor da alegoria, confeccionada por penas sintéticas, feitas de nylon. Segundo um dos carnavalescos da escola, Alexandre Louzada, ele sabia que era um efeito arriscado.

Em entrevista ao Portal G1, um dos carnavalescos responsáveis admitiu: “Fui contrário, mas fui voto vencido”.

Enredo

A agremiação optou por cantar os excluídos do Grito do Ipiranga, nas palavras do carnavalesco Alexandre Louzada: “‘O grito dos excluídos’ é um novo quadro da Independência sem ser aquele que nós aprendemos no colégio”.

Já o carnavalesco André Rodrigues propôs uma reflexão:

“Essa Independência abraça exatamente a quem? Quem é que tem domínio? Quem é que realmente consegue acessar sua autonomia? Dignidade do trabalho, acesso à Terra, acesso a direitos, liberdade de ser quem você quer ser?”.

“A grande ideia é que a gente construa sempre junto uma ideia de Brasil ou ideias de brasis muito melhores”.