Bruna Marquezine se une à greve de atores em Hollywood

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Bruna Marquezine se une à greve de atores em Hollywood. (Foto: reprodução/internet)

A greve dos roteiristas, que começou em maio, ameaça as estreias de filmes, lançamentos e a participação de atores em festivais importantes para o cinema americano.

Os atores de Hollywood se uniram à greve para exigir melhores condições de trabalho nas produções cinematográficas, e Bruna Marquezine também decidiu aderir.

Bruna utilizou seus stories do Instagram para compartilhar sua decisão e solicitar ajuda dos fãs que aguardavam ansiosos pelas ações de estreia de Besouro Azul.

No filme, com previsão de estreia no Brasil em 17 de agosto, Bruna interpreta o par romântico de Xolo Maridueña, que também fez uma postagem sobre o assunto e ela compartilhou.

Marquezine começou dizendo:

Muito obrigada por todo o carinho. A partir de meia-noite de hoje (sexta-feira, 14/7), horário do pacífico, entrará em vigos a greve sindical dos atores do SAG-AFTRA. Estarei sempre ao lado de iniciativas que lutem pelo progresso da comunidade artística, seja no meu país ou no exterior

Em seguida, Bruna pediu o apoio dos fãs, afirmando:

Como os atores não podem mais participar de qualquer divulgação de seus projetos até o fim da greve, o apoio dos fãs será fundamental para trazer a visibilidade e o reconhecimento que Besouro Azul merece. Serei sempre grata à minha família Besouro Azul, elenco e equipe. Estou com vocês“, finalizando com a assinatura “com amor, B“. A mensagem também foi postada em inglês.

Assim, os sindicatos que iniciaram a greve demandam melhorias na remuneração, a qual foi significativamente afetada pelas produções das plataformas de streaming, e abordam a controvérsia em torno do uso de Inteligência Artificial nos trabalhos.

Portanto, os roteiristas estão paralisados desde maio. Não se vê uma movimentação sindical desse porte em Hollywood há 63 anos.

Prejuízo Imenso

Assim, a paralisação dos profissionais resultará na ausência de talk shows noturnos e atrasos no lançamento de filmes e séries de TV.

Anteriormente, no último conflito semelhante em Hollywood, em 2007, os escritores interromperam o trabalho por 100 dias, resultando em um prejuízo de cerca de US$ 2 bilhões para a indústria do entretenimento de Los Angeles.

Desse modo, o Sindicato dos Roteiristas dos Estados Unidos declarou greve após seis semanas de tentativas de acordo com estúdios, plataformas e talentos, visando aumentos salariais e acordos trabalhistas, considerando os lucros substanciais gerados pelas produções para os streamings.

A direção e conselho do WGA, atuando sob autorização de seus membros, votou para declarar greve, efetiva a partir de 00h01 desta terça-feira, 2 de maio. A decisão foi tomada após seis semanas de negociações com Netflix, Amazon, Apple, Disney, Warner, NBC Universal, Paramount e Sony, sob o guarda-chuva da Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP)”, dizia nota da WGA, publicada nas redes sociais.

Ainda assim, a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP)

Afirmou que a greve pode afetar cerca de 600 produções para cinema, televisão e streaming.

Segundo o The Wrap, programas como Last Week Tonight with John Oliver, The Late Show with Stephen Colbert

Jimmy Kimmel Live, The Tonight Show Starring Jimmy Fallon e Late Night with Seth Meyers não serão transmitidos ao vivo devido à paralisação.

Logo após, no Twitter, Jon Hurwitz, showrunner da série Cobra Kai (Netflix), afirmou que o lançamento da quinta e última temporada da produção será adiado devido à greve dos roteiristas.

E no Brasil?

A princípio, Rafael Peixoto, diretor de Políticas Públicas e Relações Institucionais da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA)

Destacou que os profissionais brasileiros também lutam pelas mesmas questões levantadas pela WGA, especialmente quando se trata do pagamento dos direitos conexos pelos streamings.

Aqui no Brasil, a gente sofreu um processo de não regulação dos streamings que é muito complexo. A TV a cabo é regulada, a TV aberta é regulada, o cinema é regulado, mas o streaming não passou por nada disso. A luta é parecida pelo pagamento dos direitos conexos e pelo não sucateamento da profissão do roteirista”, declarou o diretor.

No entanto, ele ressaltou que a ABRA, como associação, não pode convocar uma greve, embora manifeste seu apoio à luta da WGA.

Contudo, ainda assim, até o momento, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (Sindcine) não pronunciou-se sobre uma possível paralisação.