Banco Central faz pedido e não descarta aumento da taxa de juros

Banco Central justificou a decisão de não reduzir a taxa Selic
Banco Central justificou a decisão de não reduzir a taxa Selic (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Banco Central faz pedido e não descarta aumento da taxa de juros

O Banco Central (BC), por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), afirmou que a condução da política monetária, que define os juros básicos da economia para segurar a inflação, pede “paciência e serenidade”. Apesar de ser um cenário menos provável, o órgão reforçou novamente a possibilidade de aumentar a taxa Selic – que está em alta desde o ano passado.

O que diz o Banco Central

O Copom apontou que a aprovação do arcabouço fiscal pode ajudar no equilíbrio das contas públicas, que impactam nas expectativas de inflação. “A materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia, o prêmio de risco associado aos ativos domésticos e, consequentemente, as projeções do comitê”, diz a ata da última reunião do Copom, divulgada pelo BC nesta terça-feira (09).

“O comportamento das expectativas é um aspecto fundamental do processo inflacionário, uma vez que serve de guia para a definição de reajustes de preços e salários presentes e futuros. Assim, com a elevação de expectativas, há uma maior elevação de preços no período corrente e o processo inflacionário é alimentado por essas expectativas”, explicou o Banco Central.

A explicação para a taxa Selic em alta

O órgão do Banco Central usou o cenário econômico do Brasil como justificativa para a manutenção da Selic em 13,75% ao ano. A explicação que é os indicadores estão corroborando o que já era esperado. “Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, ainda que exibindo maior resiliência no mercado de trabalho”, disse.

“A inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se marginalmente e encontram-se em torno de 6,1% e 4,2%, respectivamente”, explicou em nota.