Vexame Internacional: Lula é chamado de “fujão” por não participar de evento

Lula é duramente criticado por não participar de "Fórmula da Paz"
Presidente Lula não participa da ‘Fórmula da Paz’, criada pelo Presidente da Rússia, Volodymyr Zelensky (Montagem: Reprodução)

Vexame Internacional: Lula é chamado de “fujão” por não participar de evento

A ausência do Brasil na “fórmula da paz” da Ucrânia durante o encontro da cúpula do G7, sediada em Hiroshima, Japão, está causando grande repercussão nos jornais brasileiros e internacionais. O episódio está sendo amplamente classificado como um vexame de proporções internacionais, especialmente diante dos esforços do governo brasileiro em retratar o país como uma figura protagonista na busca pela paz entre Rússia e Ucrânia.

O centenário Gazeta do Povo descreve o incidente como uma “fuga” do chefe do Executivo federal. Uma reportagem do jornal cita: “Lula foge de reunião com Zelensky alegando problemas de agenda”. Essa atitude foi interpretada como um claro desprestígio do presidente brasileiro em relação ao presidente ucraniano. O site Metrópoles também deu destaque ao assunto, com o colunista Mário Sabino dizendo que “Zelensky desmascara Lula no palco internacional”.

De acordo com ele, Lula “resistiu a encontrar-se com Zelensky porque, além de nutrir antipatia pessoal pelo presidente ucraniano, ele não teria como continuar a bancar a pombinha da paz se confrontado diretamente com Zelensky. A incompatibilidade não foi de agenda, mas de lado”. Além disso, é dito que, “ao dar uma banana final para o presidente brasileiro, Zelensky desmascarou Lula, por ser um profissional da política internacional”, ao contrário do mandatário tupiniquim.

Lula é duramente criticado por não participar da ‘Fórmula da Paz’

Nas redes sociais, o petista também tem sido alvo de duras críticas em relação à sua ausência na “fórmula da paz”. Muitos usuários expressam decepção e indignação, descrevendo o ocorrido como descaso e falta de compromisso do presidente em questões que realmente possuem relevância. Desde seu retorno ao Palácio do Planalto, as ações e declarações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm sido alvo de críticas e controvérsias.

Seja por suas posturas ambíguas, alianças questionáveis ou alegações de falta de transparência, Lula tem enfrentado uma série de questionamento sobre sua conduta no cenário nacional e internacional. O bombardeio constante que ele vem recebendo reflete um sentimento generalizado de descontentamento e desconfiança da população e de diversos setores da sociedade.

Afinal, o que é o evento ‘Fórmula da Paz’?

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu com 10 chefes de Estado e governo, além do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, durante a cúpula do G7, realizada neste fim de semana (20 e 21 de maio de 2023) em Hiroshima, no Japão. Segundo comunicados do governo da Ucrânia, Zelensky abordou o assunto nas reuniões bilaterais com Narendra Modi (Índia), Charles Michel (União Europeia), Emmanuel Macron (França), Olaf Scholz (Alemanha), Justin Trudeau (Canadá), Joko Widodo (Indonésia), Joe Biden (EUA) e Fumio Kishida (Japão). Nos encontros, o líder ucraniano falou sobre a importância de implementar a proposta.

Os encontros de destaque foram os realizados com os líderes da Índia e Indonésia. Isso porque, assim como o Brasil e diferentemente dos países do G7, as nações se posicionam de forma menos incisiva em condenar a Rússia pela guerra. Quando o conflito completou 1 ano, em 24 de fevereiro, Zelensky afirmou desejar que a China, a Índia e os países da América Latina e da África se juntassem à “fórmula de paz”.

Zelensky apresentou “fórmula da paz” pela 1ª vez em novembro de 2022, durante a cúpula do G20 em Bali, na Indonésia. Segundo o ucraniano, 10 pontos deveriam ser superados para levar ao fim do conflito: 1) Segurança nuclear; 2) Segurança energética; 3) Segurança alimentar; 4) Liberação de prisioneiros e deportados; 5) Implementação da Carta da ONU e restauração da integridade territorial da Ucrânia e da ordem mundial; 6) Retirada das tropas russas e o fim das hostilidades; 7) Criação de um tribunal especial para julgar os crimes de guerra russos cometidos na Ucrânia; 8) Prevenção do ecocídio e proteção do meio ambiente; 9) Prevenção da escalada do conflito e 10) Promoção da segurança no espaço euro-atlântico.