Saiba como foi a reunião do G7 com Presidente Lula, em Hiroshima

Saiba como foi reunião do G7 e Lula
Presidente Lula e primeiro-ministro japonês Fumio Kishida (Foto: Ricardo Stuckert)

Saiba como foi a reunião do G7 com Presidente Lula, em Hiroshima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em viagem a Hiroshima para participar da cúpula do G7, se encontrou na noite da última sexta-feira (19), com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. No Twitter, Lula disse que teve uma “ótima conversa” com o primeiro-ministro. Afirmou ainda que debateram a ampliação das relações empresariais entre os dois países.

“Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países. Temos laços culturais com o Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países”, escreveu Lula.

A presença de Lula no G7 marca o retorno do Brasil, após 14 anos, à reunião do grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido). É praxe que outros países sejam convidados. Nesta edição, foram oito nações convidadas (Índia, Indonésia, Austrália, Ilhas Cook, Comores, Coreia do Sul, Vietnã e Brasil).

A última participação de um presidente do Brasil no G7 foi em 2009, com o próprio Lula. O petista pretende abordar temas como combate à fome, preservação ambiental e guerra na Ucrânia. Um dos documentos que deve sair após a cúpula tratará dos impactos de guerra na segurança alimentar.

Reforma no Conselho de Segurança da ONU

No sábado (20), Lula discursou em Hiroshima. Durante a fala, o petista criticou a formação de “blocos antagônicos” e defendeu a reforma no Conselho de Segurança da ONU. Lula participou do encontro chamado “Trabalhando Juntos para Enfrentar Múltiplas Crises”. O petista criticou o protecionismo dos países ricos e disse que há “enfraquecimento do sistema multilateral de comércio”.

“A Organização Mundial do Comércio permanece paralisada. Ninguém se recorda da Rodada do Desenvolvimento. Os desafios se acumularam e se agravaram. A cada ameaça que deixamos de enfrentar, geramos novas urgências”, afirmou. Lula também defendeu o crescimento sustentável e os esforços dos países para políticas de combate à fome, à pobreza e à desigualdade.

Liderança na Preservação Ambiental

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ações e recursos de países mais poluidores durante sessão de trabalho do G7 que discutiu sustentabilidade no último sábado (20), no Japão. Lula disse também que o Brasil quer liderar o processo preservação ambiental no mundo. “Insistimos tanto que os países ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilhões de dólares ao ano à ação climática. Outros esforços serão bem-vindos, mas não substituem o que foi acordado na COP de Copenhague”, disse Lula.

O presidente brasileiro também afirmou que é preciso que os países pensem juntos uma “transição ecológica e justa”, com industrialização e infraestrutura sustentáveis com geração de emprego e combate à desigualdade. “De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo”, declarou Lula.