Tarcísio de Freitas levanta suspeitas de candidatura à Presidência em 2026

Com inelegibidade de Bolsonaro, Tarcísio poderá se candidatar à Presidência
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: JORGE BEVILACQUA /CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO)

Tarcísio de Freitas levanta suspeitas de candidatura à Presidência em 2026

Com Jair Bolsonaro (PL) potencialmente inelegível, o Centrão já se posiciona para lançar o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para disputar a Presidência da República em 2026. Na última terça-feira (16), o presidente do PL (partido liberal), Valdemar da Costa Neto, acenou publicamente a Tarcísio, que foi eleito governador de São Paulo em 2022 com o apoio de Bolsonaro.

“Vou falar aqui, o Marcos Pereira [presidente do Republicanos, partido de Tarcísio] vai ficar bravo comigo. Se o Tarcísio for candidato à Presidência da República, vai ter que sair com o 22 [número de urna do PL]”, disse Costa Neto em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Após a fala, Pereira procurou Valdemar por mensagem de texto. “Quer roubar meu governador?”, perguntou, em tom de brincadeira. “Não, você eu tenho que agradar”, respondeu Valdemar, também em tom de brincadeira.

Partido Progressista também apoia candidatura de Tarcísio à Presidência

Além do PL, que é o maior partido de oposição ao governo Lula (PT) no Parlamento, o Progressitas (PP) – segundo maior – também já conta com uma dobradinha com Tarcísio para uma chapa em 2026. Segundo o blog apurou, o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PP-PI), pode compor a vice, por exemplo.

Tarcísio, porém, nega qualquer pretensão de concorrer à presidência neste momento. O foco, até aqui, é buscar a reeleição como governador de São Paulo. Ao Estudio I, em entrevista no começo do mês, Tarcisio indicou que deseja disputar a reeleição ao governo de São Paulo, mesmo projeto aconselhado por Gilberto Kassab, um de seus principais conselheiros e presidente do PSD.

Outras possibilidades para Presidência pelo Centrão

Para vice de Tarcísio, se o governador não migrar, o PL sonha com nomes como Michelle Bolsonaro – não à toa, a ex-primeira-dama tem refutado publicamente as suspeitas que recaem sobre ela por conta de ações ocorridas durante a ação do marido, como no caso das joias (” O que eu tenho a ver com isso?”) e dos pagamentos relatados por Mauro Cid ( “ele pagava minhas contas pessoais porque era ele que ficava com o cartão da conta corrente do meu marido”, disse, em entrevista à revista Veja.)