Sandra Mathias de Sá é liberada na Delegacia, após agredir entregadores

Após chicotear entregadores no RJ, Sandra Matias de Sá é liberada da Delegacia
Sandra Mathias de Sá é liberada na Delegacia após prestar depoimento (Gabriel de Paiva/Agência O Globo)

 

Sandra Mathias de Sá é liberada na Delegacia, após agredir entregadores

A ex-atleta e professora de vôlei, Sandra Mathias de Sá, chegou na 15ª DP (Gávea) na tarde desta última segunda-feira (17), para prestar depoimento no caso que envolve o entregador de aplicativo Max Angelo dos Santos, de 36 anos. Sandra, que foi flagrada desferindo chibatadas no homem, já havia sido convocada para depor na quarta-feira passada, mas não compareceu.

Sua defesa apresentou um atestado na ocasião, alegando que a sua cliente estaria machucada. Ao chegar, Sandra Mathias não falou com os jornalistas. Ela estava acompanhada pelo advogado Roberto Butter, que disse que falaria com a imprensa na saída, após o depoimento. Para quem não lembra, a atitude criminosa ocorreu no Rio de Janeiro, quando a professora agrediu dois entregadores que estavam próximos ao seu condomínio.

Por qual crime Sandra Mathias de Sá está sendo investigada?

A ex-atleta foi filmada agredindo verbal e fisicamente Max Angelo e Viviane Maria. O caso aconteceu no Domingo de Páscoa e foi registrado como lesão corporal e injúria simples. A polícia avalia se cabe mudar para injúria racial, que tem o mesmo tratamento jurídico de racismo. Em um dos momentos da agressão, a acusada chega a usar a guia para conduzir cães para chicotear o rapaz.

A lesão corporal foi registrada, pois Sandra Mathias feriu a integridade física de Max Angelo ao chicoteá-lo, machucando o seu corpo físico. Já a injúria simples, é caracterizada no ato de ofender a honra subjetiva de alguém. No presente caso, considerou-se injúria simples, pois Sandra Mathias xingou os dois entregadores, além de ameaçá-los, segundo a versão de Max Angelo.

Injúria Racial

Desde o dia em que foi dado voz a uma das vítimas do caso, o entregador Max Angelo, ele afirmou que considerada a agressão da atleta como o atitude racista, ele chegou até a afirmar que: “A escravidão já acabou. Eu não sou escravo de ninguém. Ela não pode sair fazendo coisas com as pessoas e achar que tá tudo bem”. Justamente por ter sido chicoteado, como na época da escravidão.

Pela fala das vítimas e pelas imagens flagradas, a polícia está acreditando que o tipo penal (crime), mais cabível para o caso em questão é o de injúria racial que atualmente é comparada ao racismo pela legislação brasileira. A injúria racial consiste em ato de discriminação por raça, cor ou origem que tem como finalidade, a partir de uma ofensa, impor humilhação a alguém.