Após o caos vivido por quem esteve no REP Festival, no último sábado (11), os organizadores do evento podem ter que pagar uma multa milionária. De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, o Procon-RJ, Programa de Proteção e Defesa do Consumidor poderá cobrar R$ 12 milhões pelas falhas ocorridas.
A Sede do festival, uma fazenda em Guaratiba (RJ), estava repleta de lama após fortes chuvas, previstas para o mês de fevereiro. O público teve que assistir aos shows em meio a cobras e pererecas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas brincando com os animais durante o evento.
no papo, quem sobreviveu a esse rep festival até o final, sobrevive a qlqr coisa, até o apocalypse pic.twitter.com/rN5wPkPH6a
— gabirela (@gvbidomiciano) February 12, 2023
o povo coringando no rep festival já pic.twitter.com/ByqNrbaGca
— リム 彡 (@outroyago) February 12, 2023
Além disso, a estrutura e os equipamentos do evento também estavam apresentando falhas. Também não havia acessibilidade, e a chegada ao local foi dificultada pelo atraso dos ônibus. Houve relatos de que os microfones utilizados pelos músicos estava dando choque. Os problemas fizeram com que o segundo dia de festival, no domingo (12), fosse cancelado.
O Procom-Rj informou ter recebido uma série de reclamações de pessoas que foram ao REP Festival. “Conforme o CDC, o Código de Defesa do Consumidor, as multas por infração às normas de proteção e defesa do consumidor serão calculadas de acordo com a gravidade da infração, o porte econômico do fornecedor e a vantagem auferida. A depender desses critérios, ela pode chegar a 12 milhões de reais.”, comunicou o orgão.
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Rafael Liporace, um dos organizadores do festival dedicado ao hip-hop nacional fez um post em suas redes sociais admitindo os problemas ocorridos no evento: “A gente tentou fazer o melhor, mas, infelizmente, não deu certo. Realmente a equação da troca de local, mais as chuvas, fizeram com que a edição de 2023 do REP Festival não fosse a melhor.”
Inicialmente, o festival deveria ter sido realizado no parque Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, porém o governo municipal não autorizou a realização dos shows. Segundo reportagem do jornal O Globo, a prefeitura avisou com antecedência que o local não estaria disponível para o evento e chegou a recusar o pedido da organização do REP por duas vezes, sendo a última em 7 de janeiro de 2023 e a primeira em junho de 2022.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.