Professora revela mensagem com aluno e é demitida

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Professora demitida em Praia Grande por relação imprópria com aluno menor, levando a ameaças e violência entre estudantes da escola. (Foto: Reprodução/Internet)

Recentemente, uma professora foi demitida da Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes, localizada em Praia Grande, litoral de São Paulo, após um incidente grave. Ela havia contado a uma aluna, por mensagens, que beijou um aluno de 14 anos. Segundo a prefeitura, a educadora enfrentou o desligamento devido à má conduta.

Nas mensagens enviadas à aluna, a professora explicou detalhadamente como ocorreu o incidente com o estudante. Ela confessou: “Amiga [se referindo à aluna], preciso te contar um grande segredo. Não vou contar para ninguém, só para você, porque confio muito. Peguei o [nome do adolescente]“. Em seguida, a professora expressou seu desejo por mais intimidade, afirmando: “Mas agora vem a pior parte. Quero transar com ele. Só o beijo não deu conta“.

As mensagens sugerem que o caso aconteceu na residência da professora, e não na escola, após um encontro casual na rua entre a professora, o adolescente e um amigo dele.
Após a mãe da aluna ter visto as conversas no celular da filha, ela denunciou o caso à escola. Em consequência, tanto a aluna quanto seu melhor amigo começaram a sofrer ameaças de outros estudantes. Recentemente, o melhor amigo da aluna foi até agredido por três adolescentes.

Agressão ao aluno

No dia 28 de setembro, ocorreu um episódio perturbador na Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes, em Praia Grande, São Paulo. Helena Andria, mãe de um aluno agredido, contextualizou a situação ao Terra. Ela explicou que a mãe da melhor amiga de seu filho denunciou o comportamento inapropriado de uma professora na escola. Naquele dia, após a diretora permitir que a professora identificasse a denunciante, sete colegas cercaram a jovem e seu filho na porta da escola.

Helena contou: “Nesse dia, eles voltaram pra dentro da escola correndo, foi chamada a Guarda Municipal, e dali nós saímos e fomos pra delegacia fazer o boletim de ocorrência“.

As ameaças e agressões

As ameaças e agressões persistiram nos dias seguintes, com xingamentos e intimidações dirigidos aos dois alunos. Helena criticou a falta de ação efetiva por parte da escola, que não acionou o Conselho Tutelar ou o Ministério Público.

No dia 14 de novembro, a situação escalou quando três adolescentes, incluindo o aluno envolvido com a professora, seguiram o filho de Helena e o agrediram brutalmente. “Nesse dia foi premeditado, eles seguiram meu filho e na esquina de casa os três agrediram ele covardemente. Jogaram no chão, deram pontapés, socos, ele teve uma lesão no rosto e um trauma abdominal. Quando ele estava apanhando, o aluno que teve um relacionamento com a professora falou: ‘você está apanhando por conta do ocorrido com a professora’. E ainda disse: ‘Sua mãe vai chorar na porta da delegacia. O certo era ela chorar na porta do cemitério’“, relatou Helena.

O trauma abdominal resultou na hospitalização do adolescente. Ele permaneceu internado de 16 a 22 de novembro, necessitando agora de acompanhamento psicológico. A mãe criticou a demora da escola em comunicar o Conselho Tutelar, ação que só ocorreu quase três meses após a denúncia inicial.

A Prefeitura informou

A Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Educação, informou que a professora foi desligada por má conduta assim que o caso veio à tona. A escola encaminhou os fatos ao Conselho Tutelar para proteção dos alunos.

Contudo, a pasta municipal alega que a agressão não está relacionada com o incidente da professora, tendo ocorrido por outro motivo e fora da escola. “A pasta municipal lamenta o ocorrido com o aluno vítima de agressão, afirma que não compactua com tais atitudes e adotará ações de conscientização com os estudantes para que novos casos não ocorram“, adicionou.

Thiago Rodrigues, advogado da família do aluno agredido, discorda das alegações da prefeitura. “O que eles alegam tem mais como fundamento justificar a omissão praticada pela diretora. Porque se eles tivessem coibido a questão lá atrás, quando iniciou o problema, não teria tido esse desdobramento. Por coincidência, foram os mesmos adolescentes envolvidos na mesma questão, pelo mesmo motivo, que inclusive mencionaram o fato, que agrediram o filho da Helena“, destacou.

A Polícia Civil informou

Rodrigues ressaltou que a vítima, um jovem de 14 anos sem histórico de violência, foi agredido apenas por ser amigo da filha da denunciante. Ele planeja denunciar não apenas a conduta da professora, mas também a atuação da direção da escola no Ministério Público.

A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado no 3º DP de Praia Grande, com diligências para esclarecer os fatos. “Detalhes serão preservados por envolver menor de idade“, concluiu a corporação.

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