Presidente Lula critica Jair Bolsonaro por ‘ironizar’ Farmácia Popular

Presidente Lula expõe Jair Bolsonaro sobre Farmácia Popular
Presidente Lula expõe Jair Bolsonaro sobre Farmácia Popular (Montagem: Reprodução)

Presidente Lula critica Jair Bolsonaro por ‘ironizar’ Farmácia Popular

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na última quarta-feira (7), que o programa Farmácia Popular foi “ironizado e diminuído” pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), mas que agora o programa volta com mais força, capacidade de fazer novos convênios com farmácias e ampliar o atendimento. “Para que mais farmácias possam participar e a gente chegar no momento de atender à totalidade de pessoas necessitadas no país. Essa é a razão pela qual voltei a ser presidente desse país, é para cuidar do povo mais pobre”, disse Lula no evento de relançamento do programa, em Pernambuco.

Projeto Farmácia Popular

Durante o evento, o governo anunciou a ampliação no programa de acesso a medicações gratuitas e com desconto de até 90%. Eis abaixo as principais novidades anunciadas: 1) beneficiários do Bolsa Família poderão retirar gratuitamente os medicamentos disponíveis na lista do programa; 2) inclusão no rol de gratuidade medicamentos indicados para o tratamento de osteoporose e contraceptivos; 3) introdução do programa em comunidades indígenas, com um projeto inicial na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também disse que o programa ressurge depois de uma “estagnação” nos últimos anos, com problemas de distribuição de farmácias pelo território nacional. Declarou que uma das prioridades do governo é o credenciamento de novas unidades em municípios mais vulneráveis. “O Farmácia Popular pensa as diferenças regionais e os vazios assistenciais do Brasil. Essa é uma das maiores e mais abrangentes parcerias entre o setor público e privado do país. É a economia a serviço da saúde pública”, declarou, mencionando que 2 milhões pessoas deixaram de ser atendidas no governo passado.

Sobre o projeto

O Farmácia Popular é um programa do governo federal criado em 2004 para disponibilizar, por meio de parcerias com farmácias da rede privada, medicamentos à população. Parte das medicações é gratuita, e outra parte é subsidiada, com desconto de 90%.  O programa oferece remédios de graça para o tratamento de diabetes, asma e hipertensão e cobra valores reduzidos para remédios para dislipidemia, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, anticoncepção, além de fraldas geriátricas.

Em setembro de 2022, em meio à campanha eleitoral, o então presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorreu à reeleição e perdeu, determinou um corte no orçamento do programa para 2023. Diante da repercussão negativa, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo não iria mais reduzir.