Polícia Federal encontra certificados de diamantes na casa de Mauro Cid

PF encontra diamantes na casa de Mauro Cid, investigado pela Operação Venire
Mauro Cid (Foto: Reprodução Twitter)

Polícia Federal encontra certificados de diamantes na casa de Mauro Cid

Durante as buscas na casa de Mauro Cid, ex-auxiliar do de Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Federal (PF), por intermédio da Operação Venire, encontrou, além de dinheiro vivo em envelopes, certificados de diamantes emitidos por uma empresa saudita, Saddik Omar Attar Est. A investigação não encontrou indicações de que os certificados estivessem relacionados aos presentes recebidos pelo ex-presidente ou se eram joias pertencentes à família Cid.

O envelope com os certificados foi encontrado na cozinha da casa de Cid, onde os policiais também descobriram vários pendrives e um caderno com anotações políticas e pagamentos que somam R$ 50.000 reais. Mauro Cid foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada, como parte das investigações das supostas fraudes no sistema de vacinas do Ministério da Saúde.

Polícia Federal continua investigando Mauro Cid

Desde a semana passada, Cid está preso preventivamente, sendo investigado por envolvimento no esquema de inserção de dados falsos sobre o cartão de vacina no sistema do Ministério da Saúde. O tenente-coronel teria falsificado sua certidão de vacinação para entrar nos Estados Unidos, além de ter atuado para cometer a mesma fraude no cartão de Bolsonaro e sua filha mais nova, Laura.

Mauro Cid também é investigado no inquérito que apura a entrada ilegal de joias sauditas no Brasil, no ano de 2021. Ele chegou a assinar um ofício para a liberação dos itens que ficaram retidos na Receita Federal do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, além de ter cooperado com outros membros do governo Bolsonaro.

Advogado de Mauro Cid abandona defesa

O advogado Rodrigo Roca abandonou, nesta quarta-feira (10), a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Renuncio à defesa dos interesses do coronel Mauro Cid nos inquéritos em que figura como investigado, por razões de foro profissional e impedimentos familiares da minha parte”, informou Roca em um comunicado enviado à imprensa.

O ex-advogado de Cid é conhecido por ser próximo à família Bolsonaro. Ele já defendeu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso que ficou conhecido como “rachadinha”, quando Flávio era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Roca também atuou na defesa do ex-ministro Anderson Torres. Mas deixou o posto.